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Ferrari crê em retrospecto na Malásia

Nas quatros edições do grande prêmio malaio a escuderia italiana sempre esteve bem representada por Schumacher; desta vez a história pode não se repetir.

Por Agencia Estado
Atualização:

Nas quatro edições do GP da Malásia disputadas até agora, Michael Schumacher venceu duas, em 2000 e 2001, deu a vitória para Eddie Irvine, em 1999, quando ficou em segundo, e terminou em terceiro ano passado. Por isso, como lembrou o próprio piloto da Ferrari no seu site, nesta segunda-feira, as chances de ganhar a prova mais uma vez, domingo, "são muito boas." Curiosamente, apesar de a lógica sugerir que Schumacher e a Ferrari devem se impor na segunda etapa do campeonato, há uma combinação de razões para se acreditar também no contrário: a Ferrari classificar-se atrás da McLaren e da Williams de novo, apesar da sua vantagem técnica. "O nosso histórico do circuito de Sepang é muito bom e o F2002 é um carro ainda competitivo e confiável, o que numa competição complicada como a da Malásia é importante." Se em Melbourne, dia 9, a chuva e as entradas do safety car na prova mascararam o potencial da Ferrari, mesmo usando o modelo do ano passado, em Sepang o forte calor e, de novo, a possibilidade de chover podem de novo introduzir muitas variáveis na corrida, a exemplo do GP da Austrália. Nesta segunda-feira à noite a temperatura em Sepang era de 24 graus e nos últimos dias tem chovido com freqüência à tarde. Mas o fator que pode ser mais decisivo domingo são os pneus. Ano passado, enquanto a dupla da Williams, Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya, com Michelin, não teve problemas para concluir o GP da Malásia com um único pit stop para troca de pneus, apesar da temperatura elevada, Schumacher precisou de dois. O calor causou elevado desgaste nos pneus Bridgestone da Ferrari se comparados aos Michelin da Williams e McLaren. Mas já na etapa seguinte, Interlagos, dia de 6 de abril, quando todos imaginavam que a cena iria se repetir, os japoneses deram para o alemão um pneu que também suportava um único pit stop, apesar do calor de São Paulo. Schumacher venceu o GP do Brasil. De qualquer forma, o melhor trabalho da Michelin, em 2002, foi em Sepang. O seu diretor geral, Pierre Dupasquier, lembrou o fato desta segunda-feira e acrescentou que em Melbourne, há pouco mais de uma semana, os três primeiros colocados usavam pneus Michelin. Se a marca francesa repetir na Malásia, este ano, o desempenho superior ao concorrente, como em 2002, mais uma vez McLaren e Williams poderão se impor sobre Schumacher. Para não se mencionar na chance, nada pequena, de a prova ser realizada com pista molhada de novo. Se tudo isso ocorrer, e não se trata de realidade tão distante, o Mundial chegaria no Brasil, para a terceira etapa, com um resultado que nem os maiores interessados em ver a Ferrari ceder um pouco seu espaço para as demais equipes imaginava. Rubinho - Rubens Barrichello, companheiro de Schumacher, disse nesta segunda-feira não "haver motivo para preocupação." Seu time foi prejudicado na Austrália porque ele e o alemão acreditaram que o asfalto demoraria muito mais tempo para secar, daí largarem com pneus de chuva. "Enquanto estávamos na pista, em condição normal, no fim de semana, éramos os mais rápidos", lembrou. A Ferrari não voltou mais a treinar com seu novo modelo, F2003-GA, por causa do sério acidente com Luca Badoer, piloto de testes, em Mugello, semana passada. Ele já havia batido também em Jerez de la Frontera. Sabe-se que as duas perdas de controle foram causadas por quebra de componentes. A Ferrari está investigando tudo.

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