LONDRES - A decisão da Ferrari de assinar condicionalmente sua participação na próxima temporada da Fórmula 1 não significa uma eventual aceitação do limite de orçamento, afirmou neste sábado o chefe da equipe, Stefano Domenicali. "Absolutamente", disse ele no site da Ferrari (www.ferrari.com). "O pedido para tornar as regras de 2009 o ponto de partida, significa que não haverá limite no orçamento."
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A Associação das Equipes de Fórmula 1 (FOTA), que agrega nove equipes, após a suspensão da Williams, submeteu uma inscrição conjunta na sexta-feira, na dependência da aceitação de algumas condições até o dia 12 de junho.
Uma delas diz que todos assinam uma versão atualizada do acordo confidencial Concorde da FIA, que controla a categoria, e outro que as regras para 2010 seriam as mesmas usadas atualmente, com algumas modificações diferentes daquelas publicadas no mês passado pela FIA.
A Ferrari ameaçou abandonar a Fórmula 1 depois de 60 anos seguidos se a FIA não reescrevesse as regras para 2010, que incluíam um limite de orçamento opcional de 64 milhões de dólares.
A decisão da equipe de permanecer, mesmo que condicionalmente, foi vista como sinal de redução das chances de ela sair da Fórmula 1.
Perguntado o que aconteceria se as condições não fossem aceitas, Domenicali respondeu: "A resposta é simples: as inscrições das nove equipes não serão válidas."
Mais conversas
Domenicali afirmou que a assinatura do acordo Concorde significaria que regras futuras têm que ser negociadas pela Comissão de Fórmula 1 da FIA, uma entidade com 13 integrantes, entre eles representantes de seis equipes, incluindo a Ferrari que tem poder de veto. Também obrigaria contratualmente as equipes a permanecer na Fórmula 1 até 2012.
A FIA, que recebeu pedidos de várias novas equipes, está para publicar uma lista oficial de inscrições no próximo dia 12 de junho e a natureza condicional da inscrição feita pela FOTA significa que haverá novas conversações entre ambos os lados nas próximas duas semanas.
Em entrevista separada para o site Autosport, o presidente da Toyota, John Howett, afirmou que o limite no orçamento não estava na agenda da FOTA.
Em um aviso para a FIA, ele acrescentou que "muitos de nós sentimos que, a menos que as atuais condições sejam satisfatórias, teremos que considerar seriamente alternativas".