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Ferrari é a favorita no GP da Espanha

Por Agencia Estado
Atualização:

A Ferrari é a favorita para vencer o GP da Espanha. Os treinos livres amanhã poderão começar a responder se a maioria dos profissionais da Fórmula 1 está mesmo certa na sua previsão. "A reintrodução dos recursos eletrônicos na competição favorece os times com grande orçamento e que trabalham nesses sistemas há mais tempo que os concorrentes", disse Gerhard Berger, diretor da BMW, hoje no Circuito da Catalunha. "Nos testes que realizamos em Mugello nosso carro mostrou-se mesmo mais veloz", confirmou Michael Schumacher, da equipe italiana. Para o coordenador da McLaren, Jo Ramirez, toda vez que há uma alteração das regras técnicas, em especial com a disputa em curso, como agora, há de fato uma tendência de as organizações com maior estrutura técnica e financeira responderem mais rapidamente às novas exigências. É essa constatação histórica na Fórmula 1 que está levando muita gente a acreditar que Schumacher poderá dispor de um carro mais rápido que o de seus adversários já a partir de amanhã. "Admito que evoluímos, mas não sabemos ainda o quanto as outras equipes conseguiram tirar de seus carros", argumenta o alemão." Nas duas últimas etapas do Mundial, Brasil e San Marino, o piloto lembrou que, apesar também do favoritismo, não lutou pela vitória. "Tínhamos possibilidade de vencer, mas por erros nossos, no acerto da F2001, não exploramos todo nosso potencial." O retrospecto de Mika Hakkinen, da McLaren, no GP da Espanha é excelente. Ele venceu as três últimas edições da prova. Amanhã, no entanto, está apenas em sétimo na classificação, com 4 pontos, diante de 26 dos líderes, Michael Schumacher e o companheiro de McLaren, David Coulthard. "Vi nos testes que fizemos que com a volta do controle de tração, câmbio automático e diferencial ativo a forma de acertar o carro para a pista mudou bastante." Ele não gosta de se colocar como grande candidato à vitória em função do seu histórico na prova. "Como disse, há uma série de fatores novos aqui e não será difícil perder-se nesse ajuste." Os dois principais técnicos da Michelin e Bridgestone, fornecedores de pneus na Fórmula 1, confirmam que a eletrônica embarcada afetou até a concepção dos pneus para a corrida. "O controle de tração tende a reduzir o consumo dos pneus, por evitar que as rodas girem em falso", explicou Hisao Suganuma, da empresa japonesa. Já o francês Pierre Dupasquier, da Michelin, comentou que a experiência adquirida pela empresa, nos vários testes realizados em Barcelona, a permitiu desenvolver um pneu mais apropriado para as diferentes solicitações da Fórmula 1 eletrônica. Depois da vitória de Ralf Schumacher, com a Williams, em Ímola, equipe da Michelin, a pressão para a Bridgestone reagir ao avanço dos franceses é grande. Os japoneses equipam as duas principais escuderias da Fórmula 1, a Ferrari e a McLaren. O brasileiro Enrique Bernoldi, representante de um time médio, a Arrows, é outro que acredita na maior vantagem dos grandes nessas horas de mudanças. "Acho que assistiremos no fim de semana à Ferrari abrir uma diferença maior para os demais." Por estratégia ou mesmo acreditar nisso, Rubens Barrichello, da Ferrari, cita o próprio exemplo da Arrows para propor o oposto. "Se antes lhes faltava meios de tracionar melhor e por isso mesmo perdiam tempo para nós, agora, com o controle de tração, passarão a ser mais velozes e, portanto, se aproximarão da gente." Os dois pontos de vista antagônicos expõem com precisão as dúvidas que os treinos de amanhã deverão começar a responder, embora haja quase que um certo consenso quanto às vantagens da Ferrari, em especial, e da McLaren, nesse retorno da eletrônica. Há igualmente unanimidade quanto ao aumento da segurança que esses recursos trarão à disputa. "A traseira não mais jogará com violência, como até Ímola, nas saídas de curva, em razão da falta de tração", argumenta Hakkinen. O vencedor da prova de Ímola, Ralf Schumacher, da Williams, lembra que será principalmente na chuva que a eletrônica embarcada fará diferença. "Os carros serão mais guiáveis." A previsão do tempo não aponta possibilidade de chuva para sábado e domingo em Barcelona. "Correr numa pista em que já venci é sempre melhor", diz Juan Pablo Montoya, da Williams, vencedor da etapa da Fórmula 3000 no Circuito da Catalunha em 1998. "Meu objetivo maior, porém, é terminar a corrida, o que ainda não fiz na Fórmula 1." Já amanhã será definido também em Barcelona o grid do GP da Espanha de Fórmula 3000, terceira etapa da temporada. Cinco brasileiros participam do campeonato: Jaime Melo Junior, da Durango, terceiro colocado com 6 pontos, Antônio Pizzonia, da Petrobras Junior, quinto, com 3 pontos, e Ricardo Sperafico, Petrobras Junior, Mario Haberfeld, SuperNova, e Rodrigo Sperafico, Coloni, sem pontos ainda. O líder é o inglês Justin Wilson, da Nordic, com 11 pontos.

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