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Ferrari pode ganhar outro título

Para a equipe italiana vencer seu 4º título consecutivo basta que a diferença para a Williams, 2ª colocada, se mantenha nos 65 pontos atuais após o GP da Hungria.

Por Agencia Estado
Atualização:

No GP da Hungria do ano passado a Ferrari definiu a conquista dos títulos de pilotos e de construtores, com a dobradinha Michael Schumacher em primeiro e Rubens Barrichello em segundo. Domingo, na 17ª edição da prova, os italianos podem comemorar, de novo, a vitória no Mundial de Construtores, já que o de pilotos Schumacher resolveu a questão ainda no GP da França. Para a Ferrari vencer seu quarto título entre as equipes na sequência, como a McLaren, que de 1988 a 1991 ganhou tudo, basta que a diferença para a Williams, segunda colocada, se mantenha como hoje, 65 pontos, ou mesmo seja ampliada. A Ferrari somou até agora, depois de 12 etapas, 141 pontos, diante de 76 da Williams. Como restarão depois da Hungria mais quatro provas, estarão em jogo 64 pontos, já que o máximo que cada time pode obter numa corrida é 16 pontos, 10 do primeiro lugar e 6 do segundo. Se Schumacher ou Barrichello ganharem, a fatura estará garantida. Mas há uma série de combinações de resultados que favorecem a Ferrari. Em resumo, é simples: se Schumacher e Barrichello fizerem mais ou os mesmos pontos de Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher, a dupla da Williams, a Fómula 1 assistirá a nova festa no autódromo. O Brasil já fez muita história no lento circuito Hungaroring que, depois de Mônaco, é a pista do calendário mais difícil de se ultrapassar. Nas sete primeiras vezes que a competição se apresentou nesse traçado, Nelson Piquet venceu em duas oportunidades, 1986 e 1987, e Ayrton Senna em três outras, 1988, 1991 e 1992. Depois disso, os representantes do País no campeonato não venceram mais. Rubens Barrichello tem boas chances de dar sequência à tradição brasileira no GP da Hungria. A Ferrari dispõe do melhor carro e Schumacher não será tão radical como na Alemanha, onde defendeu abertamente que gostaria de vencer e ver seu irmão, Ralf Schumacher, na segunda colocação. Já no Aeroporto de Budapeste, nesta quarta-feira à noite, foi possível compreender que haverá bem menos alemães nas arquibancadas que no ano passado, quando Schumacher poderia ser campeão na prova, o que acabou ocorrendo. Ross Brown, diretor-técnico da Ferrari, confirmou que poderá ousar na estratégia de corrida, domingo. "Nossa situação no campeonato nos permite isso", afirmou. Na edição de 1994, Brown e Schumacher surpreenderam os adversários ao estabelecer três pit stops para a prova de 77 voltas. Normalmente se faz duas paradas. Apesar de na quarta-feira à noite ter caído uma chuva leve em Budapeste, como em todo o Leste europeu, que passa por dificuldades por causa da elevação do nível dos rios, o serviço de meteorologia da TV húngara previu tempo bom para o fim de semana. O futuro de um campeão mundial, Jacques Villeneuve (1997), estará em jogo na Hungria. Ele irá se reunir com o diretor-geral da sua equipe, BAR, David Richards. Para continuar no time e ser o companheiro de Jenson Button em 2003 terá de aceitar um salário bem menor que os estimados US$ 15 milhões recebidos hoje. E se não concordar, não terá para onde ir. Ferrari, Williams, McLaren, Renault, as quatro melhores escuderias do Mundial, já têm seus pilotos definidos. A Fórmula Indy, como se chegou a comentar como opção para Villeneuve, que já foi campeão lá também, em 1995, não pagaria nem um terço do que recebe atualmente. É provável, portanto, que o canadense aceite a imposição de David Richards. Já Enrique Bernoldi, da Arrows, desmentiu nesta quarta-feira que esteja interessado em se transferir para a IRL, onde seu patrocinador, Red Bull, investe no time de Eddie Cheever. "É na Fórmula 1 que pretendo competir em 2003", disse ele. Apesar de a Arrows não disputar o GP da Hungria, por falta de dinheiro, Bernoldi estará a partir desta quinta-feira no circuito. A equipe terá de pagar uma multa bastante elevada pela ausência na prova. Comenta-se que seja US$ 1 milhão.

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