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Ferrari quer ver Rubinho vice-campeão

Faltando seis corridas para o final da temporada, a escuderia italiana tem duas metas: fazer o brasileiro vice-campeão e vencer entre os construtores."

Por Agencia Estado
Atualização:

Em resposta à banana que Rubens Barrichello deu à equipe, quando saiu irritado do carro da Ferrari, domingo, depois de não largar no GP da França, bem como a sua ausência na festa de comemoração do quinto título de Michael Schumacher, em Magny-Cours, o diretor-esportivo Jean Todt disse hoje quais são agora os objetivos da equipe nas seis etapas que restam para o encerramento do Mundial: "Queremos que Barrichello seja vice-campeão e nós campeões entre os construtores." Com o resultado da prova na França, Barrichello perdeu o segundo lugar do campeonato. Juan Pablo Montoya terminou em quarto e Ralf Schumacher em quinto, ambos da Williams. O colombiano tem 34 pontos, segundo na geral, e Barrichello está empatado com Ralf em terceiro, 32 pontos. O que Todt anunciou hoje que a Ferrari fará já ocorreu no ano passado. Depois de Schumacher definir o título no GP da Hungria, não só a equipe como o próprio alemão não economizaram esforços para que o piloto brasileiro vencesse as quatro etapas que restavam, Bélgica, Itália, Estados Unidos e Japão. E Barrichello só não venceu em Monza, Itália, porque a equipe errou no seu pit stop, permitindo que Montoya o ultrapassasse nessa operação e chegasse em primeiro. Barrichello terminou em segundo. No GP dos EUA, em Indianápolis, foi a vez do motor quebrar, quando o brasileiro tinha tudo para ultrapassar Mika Hakkinen, da McLaren, e ganhar a corrida. Agora não são quatro etapas com em 2001, mas seis, para Barrichello aproveitar o seu bom momento como piloto e a concentração de interesses da Ferrari no seu trabalho para conquistar o vice-campeonato e aumentar seu número de vitórias, duas, seu maior objetivo, conforme vem afirmando. A hora é de celebrações para sua escuderia, por isso o comportamento de domingo, ainda que atenuado pela terceira pane no carro, da mesma natureza, criou um impacto menor do que seria em outra condição. Apesar do bom trabalho de Barrichello na equipe, a Ferrari não tolera rebeldias. Não é o caso, mesmo porque o brasileiro, em geral, demonstra estar integrado ao grupo e bem concentrado nos objetivos principais do time, mas os italianos já mandaram para casa, em plena disputa do Mundial, um piloto que havia conquistado três títulos, Alain Prost. Barrichello deixou o circuito de Magny-Cours, domingo, ainda no início da prova, por não ter conseguido sequer largar, e só retornou ao circuito depois que seu empresário lhe telefonou, nas voltas finais, dizendo que Schumacher seria campeão. Na foto comemorativa do alemão estão quase todos os integrantes da equipe na França, menos Barrichello, já de volta para casa, em Mônaco, no avião fretado. O piloto não foi também ao restaurante jantar com o grupo depois da corrida, para celebrar a conquista.

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