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Ferrari reafirma: libera luta entre pilotos

Por Agencia Estado
Atualização:

Já na abertura do Mundial, em Melbourne, não houve nenhuma ordem de equipe na Ferrari para conter a aproximação de Rubens Barrichello a Michael Schumacher. Até a 29ª volta, em que começou a experimentar problemas com os freios, Rubinho ficou no máximo a dois segundos do companheiro. Nesta sexta-feira o diretor-técnico do time italiano, o inglês Ross Brawn, confirmou que os dois estão livres para disputar as melhores colocações. "Esperamos apenas que sejam sensatos e não se envolvam em acidentes." A observação de Brawn vem reafirmar as declarações do presidente da escuderia, Luca di Montezemolo à Agência Estado no dia 2 de março. Na época, Montezemolo, deixou claro que "dependerá apenas do cronômetro" para que o brasileiro seja campeão. A informação é ótima não só para os fãs de Rubinho como para quem apenas gosta de Fórmula 1. Se, de repente, o brasileiro demonstrar-se mas rápido que Schumacher em alguma etapa do campeonato, a Ferrari não o irá impedir de vencer e tampouco exigirá que ele trabalhe para nova conquista do alemão. Brawn não definiu uma data a partir da qual a equipe irá concentrar seus esforços num único piloto. "Irá depender de como a temporada vai se desenvolver", comentou. Na sua visão, é um erro acreditar que apenas os dois monopolizarão as vitórias. "Mesmo depois de Melbourne nós sabemos que não será assim." Mas advertiu: "Na Fórmula 1, a competição é entre 600, 700 pessoas de uma escuderia que tentam superar outras 600, 700 pessoas do adversário. Não faz sentido você deixar que dois integrantes do grupo, os pilotos, estraguem o duro trabalho desses 700 técnicos." Reconheceu, da mesma forma, a possibilidade de um incidente: "Na luta pela vitória, dois pilotos com o mesmo carro, rápido, não é difícil que se toquem, mesmo sendo do mesmo time." Administrar a questão é, para Brawn, algo mais complexo que projetar um carro de Fórmula 1: "Os dois querem vencer." Rubinho se sentiu orgulhoso ao saber que Brawn o colocou em condições de lutar pelos primeiros lugares no mesmo nível de Schumacher. "Repito, nunca tive tantas chances de brigar para ser campeão como neste ano. Pela minha evolução como piloto, o carro que disponho, F2004, o melhor que já guiei, e agora o apoio da equipe." Frank Williams teve discurso semelhante ao de Brawn ontem ao comentar a ameaça de Ralf Schumacher de jogar Juan Pablo Montoya para fora da pista - os dois são da Williams -, se o colombiano for abusado em nova ultrapassagem. "Os dois estão livres para lutar pelas melhores colocações e podem até, eventualmente, bater roda. O que não é permitido é jogar o carro sobre o companheiro de equipe." Para Frank Williams, Ralf falou daquela maneira, motivado pelo "calor da hora." Deu a entender que não compreenderá uma atitude deliberada de Ralf para tirar o companheiro da corrida.

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