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Ferrari retira processo de espionagem contra McLaren

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Por Redação
Atualização:

A Ferrari decidiu retirar, nesta sexta-feira, o processo aberto no ano passado contra a rival McLaren devido ao escândalo de espionagem, "pelo bem da Fórmula 1". A escuderia inglesa já havia sido multada em 100 milhões de dólares pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e perdido todos os seus pontos no Mundial de Construtores de 2007, por ter obtido irregularmente segredos da Ferrari. Paralelamente, a Ferrari abriu processo judicial contra a McLaren e seu ex-funcionário Nigel Stepney, acusado de passar os segredos para a equipe rival e de tentar sabotar os carros da Ferrari. O processo contra Stepney será mantido. "A Ferrari reconhece os reiterados pedidos de desculpa da McLaren pelos fatos bem conhecidos que ocorreram durante o campeonato da Fórmula 1 em 2007", disse a equipe italiana em nota. "Em nome dos melhores interesses da Fórmula 1, e levando em conta o fechamento formal em 2007 dos procedimentos da FIA e do Conselho Mundial de Automobilismo da FIA contra a McLaren, a Ferrari confirma que aceitou encerrar todas as controvérsias remanescentes entre os dois times." "A Ferrari doará para a caridade o pagamento final recebido da McLaren. A Ferrari vai manter suas acusações contra Nigel Stepney em relação ao assunto." Em outra nota, a McLaren disse ter concordado "em reembolsar os custos e despesas da Ferrari relativos às questões e um pagamento final". Detalhes financeiros não foram divulgados. A polêmica começou quando se descobriu que Mike Coughlan, engenheiro-chefe da McLaren, possuía em sua casa um dossiê de 780 páginas sobre a Ferrari. Coughlan e Stepney foram demitidos das respectivas equipes. Um juiz de Modena (província italiana onde fica a sede da Ferrari) vinha investigando o caso. Em fevereiro, executivos da McLaren foram interrogados, e alguns materiais foram recolhidos para perícia. A complexa investigação sumiu do noticiário nos últimos meses, e a nota da Ferrari indica que agora o juiz Giuseppe Tibis se dedicará apenas ao caso de Stepney, que já foi interrogado. A FIA disse em março que não puniria o ex-engenheiro ferrarista, que confessou a participação na espionagem e pediu perdão, embora tenha negado as acusações de sabotagem. A Ferrari diz ter encontrado um pó misterioso em torno da entrada de combustível de seus carros antes do GP de Mônaco do ano passado. O mesmo pó foi achado no bolso da calça de Stepney, mas o britânico afirmou ter sido vítima de uma armação. (Por Mark Meadows)

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