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Ferrari vai decidir se pensa já em 2006

Por Agencia Estado
Atualização:

Choveu hoje à tarde no circuito de Indianápolis, enquanto a atividade na área de box pouco lembrava, pela agitação, as terças-feiras da semana de GP na Europa. Os profissionais da Fórmula 1 seguiram direto de Montreal para a pista mais famosa do mundo. E a chuva pode ser a novidade da temporada, domingo. Com oito etapas disputadas, todas se realizaram com asfalto seco. Enquanto Ross Brawn, diretor-técnico da Ferrari, afirmava, em entrevista à Speed TV, que a equipe italiana decidirá em breve se concentra esforços no atual campeonato ou pára o desenvolvimento do atual modelo, F2005, para pensar já no Mundial de 2006, Michael Schumacher dizia que suas chances de vencer pela primeira vez no ano são as mesmas do GP do Canadá. Lá foi segundo colocado. Faz calor em Indianápolis, mas não como em Montreal. O céu permaneceu, hoje, constantemente nublado e choveu bem no horário da corrida, início da tarde. A corrida de Indianápolis e as duas seguintes do calendário, França e Grã-Bretanha, definem a metade do campeonato. Hoje Schumacher soma 24 pontos, é o quinto na classificação, e Rubens Barrichello, 21, sétimo. O líder é Fernando Alonso, da Renault, 59. Na competição por times, a Ferrari está em quinto, com 45, enquanto a Renault, primeira, 76. Como as possibilidades de a escuderia italiana repetir o título de pilotos e construtores diminuem a cada etapa, Brown declarou: "Precisamos avaliar o que podemos ainda conquistar este ano, não estamos competitivos." Suas palavras sugerem a admissão de que foi um erro atrasar tanto o projeto do F2005. "Pretendemos concluir o modelo de 2006 mais cedo do desta temporada." Todas as equipes devem antecipar seus trabalhos por conta de em 2006 os motores serem bem distintos dos usados agora, o que condicionará projetos de todo o carro significativamente diferentes. Em vez do motor V-10 de 3,0 litros, as principais equipes correrão com o V-8 e 2,4 litros. Schumacher nunca escondeu que gosta muito dos Estados Unidos. Um dos motivos é simples, diz: "Posso andar sem ser reconhecido, tenho o que na Europa não me é permitido, privacidade." Quinta-feira o alemão deverá contar à imprensa quais foram as peripécias dos três últimos dias. Ele já pulou de pára-quedas, sozinho e com a esposa, Corinna, fez longos passeios com sua Harley- Davidson, série dedicada a ele próprio, e cavalgadas pelo Texas. Até tentou já dar uma volta com um carro da Nascar, como qualquer cidadão, ao adquirir um bilhete e não se identificar. "Como a fila era grande e não andava desisti", falou. O piloto sete vezes campeão do mundo está otimista quanto ao GP dos Estados Unidos, embora muita gente pense que a Ferrari terá mais dificuldades em Indianápolis do que enfrentou no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal. Na pista norte-americana há mais curvas e de natureza mais extensa, expondo mais a importância dos pneus. A Bridgestone, marca usada pela Ferrari, tem se mostrado, este ano, abaixo da Michelin, pneu da Renault e McLaren, as mais fortes neste campeonato. Se chover mesmo, como prevê a meteorologia, a tendência é Schumacher e Rubinho serem beneficiados, pelo mesmo motivo, mas contrário, maior eficiência da Bridgestone em relação à Michelin.

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