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FIA diz que respeitou as regras

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) afirmou nesta segunda-feira que se aceitasse colocar uma variante na curva 13 do circuito de Indianápolis - como exigiam as equipes com pneus Michelin para correr no Grande Prêmio dos Estados Unidos - o organismo quebraria suas próprias regras. A FIA afirma em comunicado que "a Fórmula 1 é um concurso esportivo que deve operar segundo regras claras que não devem ser negociadas cada vez que um competidor levar um equipamento inadequado a uma corrida". "Em Indianápolis soubemos que os pneus da Michelin não eram seguros a menos que seus carros diminuíssem a velocidade na curva principal. Compreendemos a situação e, entre outras sugestões, oferecemos a possibilidade de ajudá-los controlando as velocidades de seus carros e penalizando qualquer excesso. No entanto, as equipes Michelin rejeitaram a proposta, a menos que também afetasse as equipes Bridgestone, e sugeriram a colocação de uma variante", acrescenta a FIA. A federação afirma que "as equipes Michelin pareciam incapazes de entender que isso implicaria falta de esportividade e transgrediria as regras. As equipes Bridgestone tinham os pneus apropriados e não precisariam diminuir a velocidade nesse ponto". "Uma menor velocidade das equipes Michelin na curva 13 teria sido a conseqüência direta por estar com um equipamento inferior, algo que costuma acontecer na Fórmula 1", afirma a FIA em seu comunicado. A FIA lembra que em 1º de junho escreveu a todas as equipes e aos dois fabricantes de pneus e comunicou a eles que as rodas "devem ser fabricadas para responder adequadamente a qualquer tipo de circunstâncias". Além disso, a federação diz que a colocação da variante "não respeitaria os modernos sistemas de segurança, com a possibilidade de afetar os carros e seus freios". "Não é difícil imaginar que reação teria um tribunal americano caso acontecesse um acidente. A FIA seria obrigada a admitir que falhou ao aplicar suas próprias normas de segurança", acrescenta. "A razão para este desastre é clara. Cada equipe tem a possibilidade de levar a cada grande prêmio dois tipos de pneus: um principal e outro de apoio, mais lento, mas igualmente confiável. Aparentemente, nenhum dos dois modelos que a Michelin levou a Indianápolis teria servido como segunda opção. A empresa inclusive anunciou que levaria outro tipo de pneus da França, mas afirmou que estes também não seriam totalmente seguros." "E o que acontece com os fãs americanos e com os do resto do mundo? Em vez de boicotar a corrida, as equipes Michelin deveriam ter aceitado correr reduzindo suas velocidades na curva 13. Desta forma, as regras seriam cumpridas, eles teriam a opção de somar pontos e os espectadores teriam uma corrida", comenta a FIA. "Ao ter rejeitado correr a menos que a FIA quebrasse suas próprias regras, o que seria injusto com as equipes Bridgestone, as equipes Michelin prejudicaram o esporte e elas mesmas", diz a federação.

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