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FIA investigará atropelamento de cão na pista de Istambul

Piloto brasileiro Bruno Senna bate com a roda de seu carro no animal e leva susto durante a disputa da GP2

Por Alan Baldwin
Atualização:

Os organizadores do Grande Prêmio da Turquia podem enfrentar sanções depois que dois cães entraram no Circuito de Istambul e um deles foi atingido pelo carro do piloto brasileiro Bruno Senna durante a prova do GP2 no domingo. "Isso foi um lapso sério na segurança do circuito", disse um porta-voz da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) nesta segunda-feira. "Como algo assim pode acontecer em um circuito de Fórmula Um tão novo?", questionou. "A Comissão de Segurança da FIA irá promover uma investigação sobre o assunto que depois poderá ser reportado no conselho mundial." Questionado sobre possíveis consequências para o circuito, que estreou em 2005 e agora é administrado pelo chefão da Fórmula 1 Bernie Ecclestone, o porta-voz disse: "Sanções não podem ser decretadas neste estágio". Bruno Senna, sobrinho do tricampeão de Fórmula 1 Ayron Senna, morto no Grande Prêmio de Ímola em 1994, atropelou um dos cães na pista durante a prova da GP2 no Istambul Park. O piloto, de 24 anos, que vinha de uma subida e teve apenas uma fração de segundo para reagir, teve sorte ao escapar de graves ferimentos, com o impacto quebrando a suspensão da roda dianteira direita. Se Bruno colidisse frontalmente com o animal, as consequências poderiam ter sido muito mais sérias para o piloto. O diretor da Fórmula 1 Charlie Whiting disse no domingo que enviaria um relatório à FIA. O piloto australiano Mark Webber, diretor da Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA, na sigla em inglês) disse à revista Autosport  que o assunto não poderia passar em branco. "Eles [os cães] não poderiam nunca estar perto de um ambiente de corrida", disse. "É algo muito perigoso também para os pilotos, e a última coisa, que é a menos importante, é que estraga a corrida." "Estamos em 2008 e acho que deveríamos ter locais onde coisas assim não aconteçam", disse Weber. O incidente de domingo não foi o primeiro envolvendo cachorros na pista durante um fim de semana de Fórmula 1. No Grande Prêmio do Brasil em 2004, os treinos tiveram de ser suspensos por conta de intrusos caninos.

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