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Fisichella, enfim, festeja no pódio

Por Agencia Estado
Atualização:

Em 2003, Giancarlo Fisichella, na Jordan, chegou a esboçar a comemoração pela vitória, em Interlagos, mas a cronometragem da tumultuada prova a deu para Kimi Raikkonen, da McLaren, para sua decepção. Foi apenas duas semanas mais tarde, em Ímola, que o erro foi desfeito. "Finalmente pude, hoje (06), celebrar pela primeira vez no pódio a minha vitória, embora fosse a segunda na carreira", afirmou o italiano da Renault que, junto com o companheiro, Fernando Alonso, terceiro, deram a entender que vão lutar pelo título. A Renault comprovou no GP da Austrália que seus resultados na pré-temporada não eram fogo de palha. Rubens Barrichello, da Ferrari, foi espetacular: largou em 11.º e chegou em 2º. Festa na Formula 1, exceto nos boxes da Ferrari, apesar de Rubinho ter salvado a pátria. Se a McLaren não demonstrou ser nem a sombra do que os testes de inverno indicaram, a Renault deu pinta de que vai encarar a Ferrari. Mais: neste instante, início do campeonato, está até na frente dos italianos, que ainda competem com o modelo do ano passado, apenas adaptado ao regulamento desta temporada. "É um grande dia para mim. Dirigi sem forçar o equipamento. Quando Rubens se aproximou, exigi um pouco mais e abri novamente boa diferença para a Ferrari", afirmou Fisichella, emocionado com o resultado. "O R25 é veloz, equilibrado, constante, confiável. Esperei dez anos para ter um carro capaz de me permitir lutar pelas vitórias e o campeonato e não irei desperdiçar esta chance", disse. "Nos pit stops, pedia pelo rádio para não mexerem em nada no carro, estava perfeito." O italiano discorda de que a chuva, sábado, o tenha ajudado tanto, na classificação, que justificaria até a conquista, neste domingo. "Eu não peguei a chuva e consegui uma boa vantagem no grid, verdade, mas mostrei hoje (06), na segunda classificação, nossa velocidade (segundo mais rápido). Penso que nós venceríamos de qualquer forma, fomos os mais velozes aqui em Melbourne, não há dúvida." O desempenho de Alonso confirmou o avanço da Renault. "Eu larguei em 13.º, perdi 17 voltas atrás do Jacques Villeneuve (em décimo), o que me deixou 25 segundos distante dos líderes e ainda assim acabei em terceiro", explicou o espanhol. Nas voltas finais, atacou Rubinho para fazer a dobradinha da Renault. Não deu, cruzou um segundo atrás. "Realizei várias ultrapassagens, como duas vezes em Jarno Trulli e uma vez em Villeneuve." Foi de Alonso a melhor volta da corrida, 1min25s683, à média de 222,8 km/h, na 24.ª volta. "É a primeira etapa, cedo ainda, mas temos potencial para disputar o título", afirmou. O novo regulamento fez da prova um competição em dois atos. O primeiro, até a 30.ª volta, aproximadamente sua metade, e o segundo, a porção final. Agora não é mais permitido trocar os pneus nos pit stops e os motores devem ser os mesmos em dois GPs. Até a 30.ª volta, todos os pilotos procuraram administrar o consumo dos pneus, mas a seguir exigiram bem mais. Foi nessa fase que Rubinho tentou chegar em Fisichella e Alonso em Rubinho. Todos os pilotos, com exceção de Felipe Massa, Sauber, décimo colocado, que fez um pit stop só, realizaram duas paradas nos boxes. As novas regras reduziram o número de pit stops. A surpreendente Red Bull levou David Coulthar ao quarto lugar, enquanto a decepcionante McLaren não foi além do sexto lugar com Juan Pablo Montoya e o oitavo com Kimi Raikkonen. Michael Schumacher viveu um fim de semana sem grande destaque. Abandonou na 42.ª volta ao envolver-se num acidente com outro alemão, Nick Heidfeld, da Williams, quando disputava a oitava colocação. A próxima etapa do Mundial será dia 20, no circuito de Sepang, próximo a Kuala Lumpur, na Malásia.

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