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Diretor da Fórmula 1 quer evitar contato de equipes com direção de prova em 2022

Britânico explicou que reação da Mercedes tirou um pouco do brilho da reta final e enfatizou que a FIA estava sob alta pressão

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Por Redação
Atualização:

O ocorrido no GP de Abu Dabi, no último domingo, acabou influenciando diretamente a disputa do título entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, com vitória do holandês da Red Bull, chamou a atenção dos dirigentes da Fórmula 1. Ross Brawn, diretor-esportivo da categoria, afirmou que deseja evitar o contato direto das equipes com o diretor de provas durante as corridas em 2022.

O britânico explicou que a reação da Mercedes tirou um pouco do brilho da final do campeonato e enfatizou que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA, na sigla em francês) estava sob alta pressão naquele momento. "A decisão na última volta é um destaque que não pode ser superado. Infelizmente, o protesto tira um pouco o brilho desta final", disse Brawn, em entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport.

O piloto britânico Lewis Hamilton dirige atrás do safety car durante o GP de Abu Dabi, que teve final emocionante. Foto: Giuseppe Cacace/AFP

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"Não é aceitável que os chefes das equipes pressionem Michael (Masi, diretor de provas) durante a corrida. Toto Wolff (chefe de equipe da Mercedes) não pode exigir que um safety car não entre na pista, enquanto Christian Horner (chefe da Red Bull) não pode querer que os retardatários voltem atrás. Isso fica a critério do diretor da prova. Vamos interromper esse contato no próximo ano", acrescentou.

Vale lembrar que a FIA entendeu que, em ambas as situações, não houve equívocos que pudessem gerar mudanças nos resultados. No caso da ultrapassagem em safety car, foi apenas um curto momento e que logo Verstappen devolveu. Sobre o procedimento, ao ter deixado apenas alguns retardatários realinharem na volta do líder, afirmou que Masi tem autoridade para indicar isso.

Na pista, Hamilton era o campeão da temporada 2021 da Fórmula 1 até a última volta, quando Verstappen o superou. Isso só foi possível porque um acidente com o canadense Nicholas Latifi, da Williams, exigiu a entrada do safety car na parte final da corrida. Com a bandeira amarela, o holandês aproveitou para trocar os pneus e voltar com macios, enquanto que o inglês permaneceu na pista, com compostos duros desgastados.

Acontece que a direção de prova tomou uma série de decisões que acabou mudando a história no final. Masi inicialmente informou às equipes que, nas voltas derradeiras, não seria permitido a ultrapassagem. Logo depois, mudou de ideia, para que a corrida tivesse o fim em bandeira verde. Para isso, autorizou apenas os pilotos retardatários que estavam entre Hamilton e Verstappen - Lando Norris, Fernando Alonso, Esteban Ocon, Charles Leclerc e Sebastian Vettel - descontassem a volta. Assim, ao liberar a prova, deixou o caminho livre para um embate entre os dois postulantes ao título.

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