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Fórmula 1 planeja transmitir corridas no Facebook e projeta sucesso em parceria com a Band

Diretor de TV da categoria promete novidades na exibição e vai apostar em plataformas de streaming

Por Ciro Campos
Atualização:

A Fórmula 1 espera inovar no segmento de transmissão de corridas nos próximos anos. O diretor de direitos de TV da categoria, Ian Holmes, explicou ao Estadão que o streaming será a grande aposta. O setor já tem como novidade para 2021 a chegada ao Brasil do serviço da F1TV Pro e outras mudanças estão a caminho. Entre as possíveis alterações, estão a possibilidade de exibição das provas em serviços como Amazon, Facebook e YouTube.

A categoria está em conversas com essas plataformas para encontrar um modelo de negócio. A Fórmula 1 quer diversificar o modelo de transmissão e deixar de apenas se concentrar no tradicional formato de TVs abertas e fechadas. O streaming já é uma grande realidade no exterior e a partir deste ano passou a ser também no Brasil com a chegada da F1 TV Pro. A partir de um mensalidade, o torcedor pode acompanhar ao vivo câmeras onboard de todos os pilotos e acesso às conversas de rádio das equipes. O serviço está à venda pelo valor de US$ 39,99 no pacote anual (R$ 223).

Fórmula 1 prepara mais novidades nos próximos anos para a área de direitos de transmissão Foto: Ricardo Moraes/Reuters

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"O Brasil é um mercado importante para nós para esse produto. Estamos ansiosos para ver o impacto desse lançamento. A F1TV Pro pode ser vista como um acréscimo à transmissão original, porque permite que se tenha mais detalhes sobre o que acontece na pista", disse Holmes. O serviço existe em mais de 80 países. Para os fãs brasileiros, haverá narração e conteúdo em português.

A Fórmula 1 também está de olho em oportunidades diferentes no streaming. A categoria teve sucesso ao fechar com a Netflix a produção da série documental Dirigir Para Sobreviver, que vai para a terceira temporada. Agora, o plano é expandir parcerias com outras empresas da área para possibilitar a transmissão de corridas e treinos. "Estamos em contato bastante regular, com negociações com a Amazon Prime", disse Holmes. O dirigente também mencionou o interesse por estudar parcerias com o Facebook e o YouTube.

Para o Brasil, outra expectativa além do F1TV Pro é a novo contrato de exibição de TV. Após 41 anos, a Rede Globo não renovou o acordo e será a vez da Band assumir a missão. A emissora paulista vai exibir no canal fechado BandSports os treinos e as provas dos eventos preliminares (Fórmulas 2 e 3). As 23 corridas do calendário serão exibidas ao vivo na Band aos domingos.

Segundo Holmes, a promessa de que a emissora vai exibir todas as provas em canal aberto foi algo decisivo. "A Globo não mostrava a temporada inteira há anos. A Fórmula 1 terá todas as corridas exibidas no Brasil depois de muito tempo", disse o diretor. A emissora carioca não exibia principalmente as etapas do Canadá, México e Estados Unidos. As corridas costumam coincidir com o horário de transmissão dos jogos do Brasileirão. Nessas ocasiões, as provas eram transmitidas ao vivo pelo SporTV.

Novo serviço da Fórmula 1 permite acesso a acompanhar múltiplas câmeras Foto: Divulgação/Fórmula 1

"Pode ser que a Fórmula 1 tenha uma pequena queda de audiência na Band, mas não creio que seja muito. Nós até tivemos uma dúvida entre ficar na Globo e mostrar apenas parte da temporada ou de tomar a decisão de fechar com a Band. No fim, escolhemos um outro parceiro. A equipe produção da Globo estava cada vez menor também", afirmou Holmes. A estreia da Band como emissora oficial da Fórmula 1 será no dia 28 de março, no GP do Bahrein.

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A reportagem procurou a assessoria de comunicação da TV Globo para comentar o fim do contrato com a categoria. "A potência do alcance da TV Globo sempre fez do Brasil um dos principais países em audiência e visibilidade para a categoria, ainda que alguns GPs fossem transmitidos ao vivo com exclusividade pelo SporTV e em compacto pela TV Globo", disse a emissora em nota. "A Globo manteve negociações constantes com a FOM/Liberty Media sobre a renovação os direitos da Fórmula 1, considerando a nova realidade mundial dos direitos esportivos, mas infelizmente não houve acordo", acrescentou.

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