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F-1 faz treino em meio a tensão após ataque de rebeldes próximo a autódromo na Arábia Saudita

Organização do Grande Prêmio confirma que prova está mantida; bombardeio realizado por grupo do Iêmen atinge petrolífera a cerca de 10km do local em que se realizará a corrida

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Por Redação
Atualização:

Um ataque a uma petrolífera na cidade de Jeddah causou grandes preocupações à Fórmula 1 nesta sexta-feira. A categoria máxima do automobilismo mundial se preparava para a realização do segundo treino livre para o GP da Arábia Saudita quando o bombardeio aconteceu a cerca de 10 quilômetros do autódromo.

Devido à tensão, as atividades foram adiadas por alguns minutos, enquanto se produzia um encontro entre pilotos, chefes de equipe e organizadores da prova. Mais tarde, o treino finalmente pôde transcorrer normalmente. Neste momento, as atividades previstas para sábado (treino livre e treino classificatório) e domingo (corrida) permanecem agendadas, de acordo com Stefano Domenicali, CEO da F-1.

Incêndio na petrolífera daAramco na Arábia Saudita, após ataques de rebeldes houthis emJeddah, causa tensão na Fórmula 1 Foto: Ahmed Yosri/Reuters

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Os ataques foram reivindicados por um grupo rebelde do Iêmen, os houthis. A Arábia Saudita lidera um conflito contra grupos rebeldes iemenitas em defesa do governo local desde 2015. A Aramco, petrolífera atacada nesta sexta-feira, é uma das principais patrocinadoras da Fórmula 1, apoiando a categoria e também a equipe Aston Martin.

"Nos foi assegurado que, para o país, segurança vem em primeiro lugar, não importa a situação. Os responsáveis estão aqui com suas famílias na pista, e têm todos os sistemas para proteger essa área, a cidade e os locais em que vamos. A segurança está garantida. Temos confiança, e temos que acreditar nas autoridades locais sobre essa questão. Desse modo, é claro, prosseguiremos com o evento", disse o CEO da Fórmula 1.

"Verificamos e temos garantias do mais alto nível de que este é um lugar seguro. Eles estão mirando na infraestrutura (da cidade de Jeddah), não nos civis e claro, na pista. Vamos continuar correndo - completou Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA.

PILOTOS CONVENCIDOS

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Formula One Management (FOM) já haviam anunciado que confiavam na segurança saudita e que, por eles, o evento seria realizado normalmente. Mas deixaram a decisão para as equipes. Quem não se sentisse seguro poderia abrir mão do GP após o ataque terrorista a usina de petróleo da Aramco, principal patrocinadora da F-1.

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As equipes já haviam sinalizado entre elas que a prova não seria cancelada. Mas os pilotos definiriam o destino na corrida. De acordo com a BBC, alguns pilotos estavam inseguros de disputar a prova e acabaram convencidos com medo de represália na hora de deixar o país. A preocupação se dá pelo receio de que um novo ataque volte a ocorrer nos treinos deste sábado e, sobretudo, no GP de domingo.

SEGUNDO TREINO-LIVRE

A sexta-feira foi toda de Charles Leclerc nos dois primeiros treinos livres para o GP da Arábia Saudita, segunda etapa do Mundial de Fórmula 1, a ser disputado no domingo. Depois de ser o mais rápido pela tarde, o piloto monegasco, da Ferrari, repetiu a dose à noite, ao fazer a melhor volta em 1min30s074.

Leclerc nem utilizou os 60 minutos da sessão, pois bateu a parte dianteira esquerda de seu carro em um dos muros do circuito de rua. O treino começou com 15 minutos de atraso por causa de uma reunião entre pilotos e chefes de equipes devido a um incêndio em uma das instalações de petróleo próximas à pista. Uma nova reunião está prevista ainda para esta sexta-feira.

Charles Leclerc foi o mais rápido nas duas sessões de treinos do primeiro dia da F-1 na Arábia Saudita Foto: ANDREJ ISAKOVIC / AFP

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O holandês Max Verstappen, atual campeão mundial, ficou com o segundo tempo (1min30s214), a 0s140 de Leclerc, seguido pelo espanhol Carlos Sainz (1min30s320), também da Ferrari, que girou 0s246 mais lento que o líder.

O mexicano Sergio Perez, com Red Bull, foi o quarto (1min30s360), seguido pelo britânico heptacampeão mundial Lewis Hamilton, com Mercedes (1min30s513). George Russell, o outro piloto da Mercedes, completou o treino em sexto (1min30s664).

A boa surpresa da sessão foi o bom rendimento da McLaren, após má participação no GP do Bahrein. O britânico Lando Norris foi o sétimo (1min30s735). Já seu companheiro, o australiano Daniel Ricciardo, terminou apenas em 15º (1min31s527).

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O francês Esteban Ocon (1min30s760), da Alpine, o finlandês Valtteri Bottas (1min30s832), da Alfa Romeo, e o japonês Yuki Tsunoda (1min30s886), da AlphaTauri, completaram a lista dos dez primeiros.

Os carros voltam à pista de 6.125 metros neste sábado para o treino classificatório, às 14 horas. No domingo, a corrida tem início previsto para o mesmo horário.