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Gil ansioso para testar carro na IRL

Ao lado de seu companheiro Hélio Castro Neves, o piloto brasileiro vai correr com um carro Dallara/Ilmor em 2002.

Por Agencia Estado
Atualização:

Bicampeão da Cart - Championship Auto Racing Teams - o piloto Gil de Ferran só teme o equipamento da Indy Racing League, sua nova categoria a partir de 2002. "Não conhecemos bem o pacote técnico. Esse será o grande desafio no próximo campeonato". O anúncio de que a Penske decidiu trocar a Cart pela IRL no ano que vem foi semelhante, segundo Gil, a explosão de um bomba nos EUA. "Estou com a orelha vermelha de tantos telefonemas". Gil e Helinho deverão mesmo correr com um Dallara/Ilmor em 2002. Eles disputarão as 15 provas da IRL em circuitos ovais e lutarão pelo título com pilotos americanos como Sam Hornish Jr, o atual campeão, Buddy Lazier, campeão do ano passado, Scott Sharp, Billy Boat e os brasileiros Felipe Giaffone e Airton Daré. Gil não conhece circuitos da IRL: Kentucky, Nashville, Kansas, Pikes Peak, Richmond e Chicagoland. "Por outro lado, fico muito satisfeito em voltar a correr em Homestead", diz Gil. Homestead, perto de Miami, é um dos circuitos que já contaram com provas da Cart e, atualmente, fazem parte da IRL. Os outros são Madison, Nazareth e Michigan. Gil de Ferran prevê um ano difícil. A Penske trabalhará com os mesmos mecânicos e engenheiros que utilizava na Cart. Isso significa que toda a equipe terá que se adaptar ao conjunto Dallara/Ilmor. Além disso, a Penske determinou um extenso calendário de testes para o reconhecimento dos traçados. Gil diz que sentirá falta das provas em traçados mistos, das viagens (a IRL só corre nos EUA) e do equipamento da técnico da Cart que considera melhor. "Mas a Cart também vai mudar para uma mecânica mais simples em 2003. Portanto, vai acabar dando na mesma". Em maio, a Penske disputou e venceu com categoria as 500 Milhas de Indianápolis, corrida que faz parte da IRL. Isso, entretanto, não garante o seu favoritismo na temporada segundo Gil. "Aquela foi uma corrida. Disputar um campeonato é outra coisa". Para o piloto brasileiro, o americano Sam Hornish Jr, por exemplo, é excelente. "Ele conhece o carro e acelera muito nos ovais". Gil de Ferran aposta que, dentro de cinco anos, ninguém vai se lembrar que os EUA tiveram duas entidades organizando corridas de champcars ou indycars. "No fundo, tudo é a mesma coisa. A maldita ou bendita prova das 500 Milhas de Indianápolis é que faz a diferença". A maioria das pessoas nem sabe que são duas categorias diferentes. A reunificação no futuro é inevitável", diz. Prejuízo - O bicampeão não sabe avaliar o prejuizo da Cart com a saída da Penske. "Este ano, a Cart já teve grandes dificuldades com a transmissão por tevê nos EUA. Sem a Penske, sua credibilidade ficará mais comprometida". A IRL, além das diferenças técnicas, também tem outro regulamento esportivo. Enquanto na Cart pontuam os 12 primeiros, com 20 pontos para o vencedor, na IRL pontuam os 33 primeiros colocados. O 1º ganha 50 pontos, o 2º 40, o 3º 35, etc. Gil diz que ainda não estudou o regulamento. De concreto, o piloto mudar um pouco a preparação física. "Como só vou correr em ovais, tenho que fortalecer os músculos dorsais para suportar bem a aceleração lateral". Gil está confiante de que a Penske vai se sair bem. "Esta é uma das maiores equipes do mundo. E isso também ficará comprovado na IRL". Com exceção de Hélio Castro Neves que venceu as 500 Milhas, este ano, em uma corrida com pilotos da Cart e IRL, nenhum outro piloto brasileiro venceu uma prova regular do calendário da Indy Racing League. "Gostaria de ser o primeiro", conclui Gil de Ferran.

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