Gil quer o título já na Austrália

A vantagem de Gil de Ferran na F-Indy passou a ser muito grande e, por conta disso disso, o bicampeonato virou uma questão de tempo.

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Por Agencia Estado
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Os adversários já desanimaram, a vantagem passou a ser muito grande e a fase é a melhor possível. Por isso tudo, a conquista do bicampeonato da Fórmula Indy pelo brasileiro Gil de Ferran virou uma questão de tempo. Ele quer decidir já na etapa da Austrália, no dia 28 de outubro, mas se não der, a festa fica para o oval de Fontana, em 4 de novembro, quando acaba a temporada. Depois do GP de Laguna Seca no último domingo, vencido pelo italiano Max Papis, Gil abriu uma vantagem confortável na liderança do campeonato. Com o terceiro lugar na prova, o brasileiro da Penske chegou aos 179 pontos ganhos - 26 a mais que o segundo colocado. "Se tudo der certo, já quero voltar da Austrália com o título", planeja o atual campeão da Indy. Agora, só dois pilotos ainda têm chances matemáticas de alcançá-lo: o sueco Kenny Brack, da Rahal, e o brasileiro Hélio Castro Neves, que é companheiro de Gil na Penske. Brack não completou o GP de Laguna Seca, mas manteve a segunda posição no campeonato, com 153 pontos. Helinho foi o 6? colocado no domingo e soma 141. Com o mesmo discurso, Brack e Helinho dizem que o título não está definido e que vão lutar até o fim. "Tenho de pensar positivamente e ter esperança. A situação não é boa, mas ainda estou na disputa", avisa o brasileiro. "O campeonato não acaba antes da última prova", diz o sueco. Mas na realidade, os dois sabem que será muito difícil reverter a vantagem de Gil. Como só uma incrível combinação de resultados pode levar Helinho ao título - só há mais 44 pontos em jogo e ele está a 38 do líder -, Gil admite estar mais preocupado com o piloto sueco da equipe Rahal. "O negócio é chegar na frente dele (Kenny Brack) na Austrália. Aí sim, vai dar para comemorar", afima ele. Gil, inclusive, até já preparou a tática para a corrida no circuito de rua de Surfers Paradise, na Austrália. "O negócio é largar na frente e começar atacando. Depois a gente vê o que acontece durante a prova. Se for o caso, repito o que eu fiz em Laguna Seca e começo a evitar riscos, correndo apenas em busca de pontos para garantir o campeonato", revela o brasileiro. Apesar de toda a vantagem na liderança e da boa fase que vive, com duas vitórias e um terceiro lugar nas últimas três etapas, Gil sabe que não é bom deixar a decisão para a última prova. Afinal, ela será disputada no oval de Fontana, o tipo de circuito em que Brack é especialista - só neste ano, venceu quatro vezes em pistas como esta. "A situação está boa e sei que estou perto do título, mas não posso relaxar um minuto sequer. Pois, se errar, perco esta grande chance", avalia o sempre precavido Gil, já mostrando uma certa ansiedade para entrar para a história como o primeiro brasileiro bicampeão na Indy. Motores - Enquanto os pilotos ainda lutam pelo título, a disputa do campeonato entre as montadoras já está definida. Depois de ter anunciado na última sexta-feira que deixará a Indy a partir de 2003, a Honda sagrou-se campeã da temporada após o resultado no GP de Laguna Seca. Com 316 pontos após a prova de domingo, a Honda não pode mais ser alcançada pela Ford e nem pela Toyota, que estão empatadas com 266. Este é o quarto título da montadora desde que estreou na Indy, em 94 - os outros foram em 96, 98 e 99. A Honda também foi a fornecedora do motor para os últimos cinco campeões da Indy: Jimmy Vasser (96), Alex Zanardi (97 e 98), Juan Pablo Montoya (99) e Gil de Ferran (2000). E agora, está perto de mais uma conquista, novamente com a Penske de Gil, mostrando que vai fazer falta quando deixar a categoria em 2003.

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