PUBLICIDADE

Publicidade

GP da Austrália será teste para F1

Por Agencia Estado
Atualização:

Começa nesta quinta-feira, às 18h30 de Brasília, uma das temporadas mais esperadas da Fórmula 1 nos últimos tempos, com o GP da Austrália, no circuito de Albert Park. Finalmente chegou a hora de o polêmico regulamento lançado por Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), provar se irá mesmo tornar a competição mais emocionante, como é necessário. Os pilotos da Jaguar, do brasileiro estreante Antonio Pizzonia, Renault, Jordan e Minardi dão a largada no GP da Austrália com a realização do primeiro treino livre, destinado apenas para as quatro equipes que concordaram em limitar seus testes particulares. Com a diferença de 14 horas entre o horário de Melbourne e o de Brasília, o campeonato tem início um pouco mais cedo para os brasileiros. Enquanto na capital do estado de Vitória, na Austrália, são 8h30 de sexta-feira, na maior parte do Brasil ainda é 18h30 de quinta-feira. As quatro escuderias que optaram por realizar até 20 dias de treinos com apenas um carro durante o período do Mundial ganharam duas horas toda sexta-feira de GP (quinta-feira no Brasil), para seus pilotos irem já se familiarizando com os 5.303 metros do traçado Albert Park e descobrirem o melhor acerto para o chassi, motor e pneus mais indicados. Mas o verdadeiro interesse mesmo, nesta quinta-feira, se concentrará na sessão da tarde em Melbourne, das 14 às 15 horas (da meia-noite à uma hora), quando cada piloto, sozinho na pista, irá procurar estabelecer os melhores tempos a fim de serem os últimos a sair para a pista no sábado, na sessão que definirá o grid, uma das grandes novidades do regulamento. "O treino que mostrará o real potencial de cada um será agora o de sexta-feira e não mais o de sábado, com a proibição de reabastecer de combustível entre a classificação e a largada para a corrida", disse o atual campeão do mundo, Michael Schumacher, durante a pré-temporada. É isso mesmo: apenas nesta quinta-feira à tarde é que todos concorrentes estarão na mesma condição, ou seja, pneus novos e gasolina no tanque para apenas uma volta lançada. "Como vamos nos classificarm, sábado, tendo já no tanque praticamente o combustível que haverá na largada, nunca saberemos em que condição cada piloto registrou seu tempo, o que não é o caso da sexta-feira", comentou o pilotto alemão da Ferrari. Para Rubens Barrichello, seu companheiro na Ferrari, a corrida real, domingo, começa por conta dessa alteração, "apenas depois dos pit stops." Ele explicou estar melhor da inflamação de um nervo nas costas, que o afastou de um treino em Ímola. O quanto o modelo FW25 da Williams evoluiu em relação ao F2002 da Ferrari, que irá estrear no campeonato com o carro do ano passado, ou quem poderá levar alguma vantagem inicial no incrível bloco formado por times de desempenho muito próximos - Toyota, Jaguar, Renault, Sauber, BAR e Jordan - será conhecido na sessão desta quinta-feira. Mas nesta quarta-feira ainda (horário brasileiro), dois dias antes do primeiro treino, havia várias dúvidas sobre a aplicação das novas regras. O próprio Charlie Whiting, diretor de prova e o responsável da FIA para esses casos, confessava: "É preciso entender que tudo é novidade também para nós e, com certeza, haverá situações não previstas no texto do regulamento, poucas é verdade, que precisaremos decidir aqui, na hora, usando o bom senso." Minardi - E foi em meio a esse clima que a Minardi apresentou apenas nesta quarta-feira, no circuito mesmo, seu novo modelo PS03. Nunca os próprios profissionais da Fórmula 1 e milhões de fãs no mundo todo torceram tanto para que as mudanças dramáticas das regras da competição, como fez Mosley, a conduzam mesmo a belas disputas, sem a perigosa previsibilidade de resultados conhecida já, com Michael Schumacher e a Ferrari ganhando tudo há três anos. "Penso diferente de Frank Williams porque concordo com Mosley, embora ache que tenha sido pouco, a Fórmula 1 precisava de alterações ainda mais radicais", afirmou nesta quarta-feira Gerhard Berger, ex-piloto, hoje diretor da BMW, fornecedora de motor da Williams. Além de Pizzonia, na Jaguar, o Brasil terá no Mundial Rubens Barrichello, pela Ferrari, um dos pilotos favoritos para ser campeão, e outro estreante, Cristiano da Matta, na Toyota.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.