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GP do Brasil de motos está garantido

Por Agencia Estado
Atualização:

O GP do Brasil de MotoGP está salvo. Nesta quarta-feira, o promotor Moacir Galo, da Vadam, assinou contrato para a realização da corrida com Ruy Cézar, o secretário municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro. A prova será em 20 de setembro, em Jacarepaguá. O custo é de cerca de US$ 8 milhões e a Prefeitura arcará com US$ 2,95 milhões. No ano passado, segundo dados da Vadam, o retorno financeiro da corrida para o Rio foi de US$ 74,8 milhões. E, para cada dólar investido, a prefeitura arrecadou seis de tributos. ?Nosso objetivo é aumentar essa margem?, disse Moacir Galo nesta quarta-feira, em São Paulo. O contrato demorou dez dias para ser assinado porque a organização contava com US$ 3 milhões. Os US$ 50 mil que faltavam para completar a cota da prefeitura ficaram por conta da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis. A Vadam pretende organizar uma série de eventos paralelos ao RioGP, nona prova consecutiva organizada pela empresa. Haverá uma competição exclusiva para motoboys e cerca de 15 mil crianças da rede pública de ensino serão levadas para assistir aos treinos de quinta e sexta-feira e à corrida, no sábado. A promoção com os alunos será realizada pelo terceiro ano seguido. Depois de fechar o contrato com a prefeitura do Rio de Janeiro, a Vadam cuidará agora da comercialização da corrida. Diversas empresas foram contatadas. No Exterior, a Dorna, entidade que organiza o Mundial de Motociclismo, também negocia patrocínio com empresas estrangeiras. Fora a questão do patrocínio, outro problema para a Vadam é a legislação federal, que proíbe a veiculação de publicidade de cigarro. Algumas das equipes mais importantes, inclusive a do piloto brasileiro Alexandre Barros, são patrocinadas por marcas de cigarro, como a Camel Promac Pons (de Max Biagi e Tohru Ukawa), a Marlboro Ducati (Loris Capirossi e Troy Bayliss), a Fortuna Yamaha (Carlos Checa e Marco Melandri) e a Gauloises (Alexandre Barros e Olivier Jacque). O GP do Brasil de Fórmula 1, em 6 de abril, só foi disputado porque o governo emitiu medida provisória antes da corrida, modificando a lei atual e permitindo que os carros e pilotos utilizassem os emblemas das marcas de cigarro. Moacir Galo espera que o Congresso regulamente a MP e, dessa forma, a corrida possa ser realizada sem problemas. ?Essa é a política que está sendo adotada em todas as cidades onde o MotoGP tem provas. Como a Fórmula 1 pôde correr em Interlagos, acho que não teremos problemas durante a corrida de Jacarepaguá.? Como Bernie Ecclestone, presidente da FOM (Formula One Management), o espanhol Carmelo Ezpeleta, presidente da Dorna, já disse que não poderá obrigar equipes a disputar provas do MotoGP sem o nome dos patrocinadores.

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