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Heidfeld visita Casa do Menor em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O alemão Nick Heidfeld teve um dia diferente no Brasil. O piloto da Sauber deixou o primeiro mundo dos motores e pneus da Fórmula 1 para conhecer mais de perto a realidade do terceiro mundo de 34 meninas sem família ou vítimas de abusos que moram na Casa do Menor Alegria e Esperança, em Embu, uma entidade mantida pela Igreja Católica e a Fundação Augenhende Sonne (Sol Nascente, em alemão). O primeiro contato de Heidfeld com as crianças foi um tanto desajeitado, principalmente porque o piloto não fala português. Mas o esporte acabou unindo dois mundos muito diferentes, e o alemão acabou se entendendo com o grupo de uma maneira bem brasileira: jogando futebol e vôlei. As meninas não facilitaram, e colocaram Heidfeld de "bobinho" na roda. "Elas jogam duro, foram na minha canela", reclamou o piloto com bom humor. A presença do alemão foi a alegria das meninas. "A maioria nem dormiu de tanta ansiedade", conta Cristina Moraes, uma das ex-internas que ainda mantém contato com a instituição. A distribuição de fotos, camisetas autografadas e outros suvenires deu ao local um clima de Natal fora de época. Um grupo de meninas, espontaneamente, teve a preocupação de aprender a agradecer o piloto em sua própria língua, o que valeu um sorriso e um autógrafo especial no boné. "Dank, Nick!" Ao saber da expectativa das meninas, Heidfeld, que costuma contribuir para obras de caridade doando macacões e capacetes mas tem pouca experiência em visitas, ficou impressionado. "Fico um pouco preocupado porque tenho apenas 20 anos e sou uma pessoa como outra qualquer. Que posso fazer de especial?", pergunta o piloto. "Não costumo passar pelas áreas pobres da Alemanha, mas sei que a maioria, por exemplo, tem onde morar." Na volta, Heidfeld teve contato com outra realidade brasileira: os congestionamentos. Com as fortes chuvas na região de Embu, a Rodovia Regis Bittencourt, que dá acesso ao local, ficou alagada, deixando o piloto e muitos outros motoristas presos na pista. A volta foi uma aventura em meio aos caminhões e aguaceiros na rodovia mais perigosa do país. Sobre seu trabalho na Sauber, Heidfeld admite que o desafio será completar a corrida, uma vez que os dois carros da equipe não completaram a prova da Malásia. "Não tivemos muito tempo para testes, mas temos trabalhado para resolver o problema do carro sair de frente", explica o piloto.

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