PUBLICIDADE

Publicidade

Helinho traça planos para chegar à F1

Por Agencia Estado
Atualização:

Pronto para um novo desafio na carreira, mas sem tirar o foco de um objetivo que traçou na infância, o de chegar à Fórmula 1. É assim que se define Hélio Castro Neves, que no sábado começa a sua participação na temporada de 2002 da Indy Racing League, no GP de Miami, em Homestead. O brasileiro da Penske, inclusive, já tem definida a estratégia para tentar chegar à F1: assistir algumas etapas da categoria e fazer contatos, além de contar com a ajuda de seu atual patrão, Roger Penske. "Já conversei com o Roger e ele se mostrou disposto a ajudar??, revelou Helinho, esperançoso de que o proprietário da Penske, um homem com um bom trânsito na Fórmula 1, consiga arranjar-lhe um teste na categoria - um primeiro passo para quem busca um lugar. O piloto, porém, também vai fazer a sua parte. Pretende se fazer presente em algumas provas da F1, quando as datas não coincidirem com as corridas da IRL, para conversar e ser visto. Ele deve assistir aos GPs do Canadá e o dos Estados Unidos, em Indianápolis, entre outros. Mas Helinho ainda não decidiu se vai ao GP do Brasil, em 31 de março. "Não sei se irei. É difícil conseguir credencial em Interlagos, apesar de eu ser brasileiro. Aqui em Indianápolis é bem mais fácil??, explicou o piloto, que tornou-se ídolo dos norte-americanos ao vencer as 500 Milhas de Indianápolis no ano passado. Aos 26 anos, Helinho não acredita estar em desvantagem pelo fato de a F1 estar optando por pilotos cada vez mais jovens. Para esta temporada, ele entende que a Ferrari e Michael Schumacher são fortes candidatos, mas acredita que a Williams vai dar trabalho, e confessa: "Vou torcer para o (Juan Pablo) Montoya. Corri contra ele (na Indy) e gosto de seu estilo agressivo??. Estratégia - Mas este ano Helinho está na IRL, que só realiza corridas em circuitos ovais, e já definiu como se comportará durante a temporada. "Vou ser conservador. Tenho confiança em lutar por vitórias, mas sei que passarei por uma fase de adaptação. E com o muro não se brinca. No oval não se pode arriscar tanto??, afirmou. Uma das dificuldades para Helinho está sendo no momento de fazer as curvas nos ovais. Ele explica: "Como o motor dos carros da IRL (aspirados) são menos potentes do que os da Indy (turbo), você se aproxima da curva até 15 milhas mais lento, mas faz a curva até 15 milhas mais rápido (em relação à Indy), porque não precisa tirar o pé. Parece simples, mas demora para se pegar a mão do negócio. Todo circuito é desconhecido, mesmo aqueles nos quais já corri.? O brasileiro percebeu também, nos testes de pré-temporada, que seu carro (chassis Dallara e motor Chevy) não é tão rápido como ele esperava, mas é constante. Por tudo isso, já definiu o que quer ao fim da temporada. "Se eu terminar entre os quatro primeiros, ficarei satisfeito.?? Sem expectativa - Já o companheiro de Helinho na Penske, Gil de Ferran, prefere não criar expectativa para a corrida inaugural ou para a temporada. "Prefiro caminhar passo a passo??, avisa o brasileiro, explicando que a curva de aprendizado da dupla de pilotos da Penske na IRL é "muito íngreme??. "A cada teste que fazemos descobrimos uma coisa diferente. É difícil dizer se iremos andar bem, mas ficarei muito triste se o inverso acontecer.?? Nesta quinta-feira ocorrem os treinos livres para o GP de Miami da Indy Racing League. O grid de largada para a corrida de sábado será definido na sexta-feira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.