13 de março de 2015 | 11h17
A chefe da equipe Sauber, Monisha Kaltenborn, defendeu nesta sexta-feira as ações da sua equipe no imbróglio com o piloto holandês Giedo van der Garde e descartou a possibilidade de renunciar ao seu cargo diante da situação caótica, ainda não resolvida mesmo com o início das atividades de pista do GP da Austrália, que abre a temporada 2015 da Fórmula 1 neste fim de semana.
A controvérsia atingiu níveis quase ridículos nesta sexta-feira, com a equipe tendo três pilotos - van der Garde, o sueco Marcus Ericsson e o brasileiro Felipe Nasr - usando seus macacões na garagem da Sauber no circuito de Melbourne, mas com nenhum deles participando do primeiro treino livre, com a situação sendo discutida no Superior Tribunal de Justiça do Estado de Victoria.
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Van der Garde, que foi piloto reserva da Sauber na temporada passada, defende que acertou um contrato para ser titular em 2015, mas que a equipe posteriormente mudou seu planos e assinou com Nasr e Ericsson, que trouxeram para a equipe o apoio financeiro dos seus patrocinadores.
O assunto não foi resolvido na sexta-feira, com os advogados de ambos os lados tendo que voltar ao tribunal na manhã deste sábado, mas ao menos Nasr e Ericsson participaram do segundo treino livre.
Monisha sucedeu o fundador da equipe, Peter Sauber, como chefe no início de 2013, se tornando a primeira mulher a ocupar esse cargo na Fórmula 1. Desde que assumiu, ela vem tendo dificuldades na administração da Sauber, que não marcou sequer um ponto na Fórmula 1 em 2014 e sofre com graves problemas financeiros.
Nesta sexta-feira, ela evitou abordar diretamente o imbróglio com Van der Garde em entrevista, mas defendeu as decisões da equipe. Questionada se pensa em renunciar, ela descartou a possibilidade. "Eu não tenho pensado nisso", afirmou. "Temos uma visão muito clara do que nós fizemos. Nós pensamos muito bem sobre isso".
A vaga de Van der Garde foi confirmada por um tribunal suíço, mas que não alterou a decisão da equipe de usar Ericsson e Nasr na abertura da temporada. Por isso, ele acionou um tribunal na Justiça da Austrália para forçar a sua participação. A corte tomou uma decisão favorável a ele no início desta semana, e a apelação da Sauber foi rejeitada na última quinta-feira.
Assim, Van der Garde, mesmo sem ter participado de qualquer atividade na pré-temporada, foi ao circuito de Melbourne nesta sexta-feira para tentar participar dos treinos livres. Ao mesmo tempo, seus advogados voltaram ao tribunal, argumentando que a equipe não tinha cumpriu a ordem judicial e defendendo que a Sauber dificultou a obtenção da Super Licença, necessária para correr na Fórmula 1, ao holandês.
O tribunal exortou as duas partes a chegarem a um acordo e uma nova audiência foi agendada para este sábado, poucas horas antes do início do treino de classificação para a corrida de domingo.
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