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Indy sai de Michigan; piloto agradece

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Fórmula Indy se despede do oval de Michigan neste domingo, com a realização da 10a etapa da temporada, a partir 14h30 (horário de Brasília). Como não houve acordo para a renovação de contrato, esta será a última corrida da categoria no tradicional circuito da pequena cidade de Brooklyn, nos Estados Unidos. Para muitos pilotos essa é uma ótima notícia. É o caso do brasileiro Cristiano da Matta, que não esconde: estava cansado de disputar essa prova, que não apresenta grandes desafios e tem um enorme risco. "Essa corrida não testa a habilidade dos pilotos. Ele avalia apenas quem tem um bom carro, não quem é um bom piloto. Porque, quase sempre, é só acelerar", justifica Cristiano, lembrando que os carros chegam perto dos 400 km/h e que não há muita variação nas 4 curvas do oval de Michigan. "Se eu pudesse nem vinha correr aqui. Só venho porque está no calendário do Mundial e vale pontos. Ainda bem que será a última prova", afirma o brasileiro. Além de não se sentir desafiado quando corre em Michigan, Cristiano da Matta avalia que os pilotos se arriscam muito num superspeedway, os grandes e velozes circuitos ovais. Ele cita o exemplo de outro brasileiro, Roberto Moreno, que sofreu um violento acidente nos treinos de sexta-feira, mas foi salvo pelos equipamentos de segurança do carro e não teve um arranhão sequer. "Aqui tem que ter o maior cuidado possível. Você está sempre muito perto do muro, em alta velocidade. Os carros estão cada vez mais rápidos para este tipo de pista, com 2 milhas. A melhor coisa é ter etapas apenas nos mistos e ovais pequenos", explica. Independente do fato de gostar ou não das 500 Milhas de Michigan, Cristiano sabe que precisa voltar a pontuar neste domingo, se quiser continuar com chances de ser campeão. Depois de um começo de campeonato arrasador, com vitória na primeira etapa (México) e um segundo lugar na seguinte (Long Beach), ele não conseguiu manter o ritmo. Hoje, está na 6a posição do Mundial, com 55 pontos - 29 atrás do líder, o sueco Kenny Brack. "Para começar, bateram em mim em três corridas. Isso aconteceu no Japão, em Milwaukee e Toronto. Depois, ainda tivemos vários problemas em outras provas. Com isso, perdi um monte de pontos" lamenta Cristiano, que teve como melhores resultados, além das duas primeiras etapas do Mundial, o 7o lugar conquistado em Detroit e também em Cleveland. "Ainda está cedo para a definição do campeonato, mas não pode deixar os líderes abrirem muita diferença. Senão, não dá para alcançar depois." Como o que vale em Michigan, na opinião de Cristiano, é mais o carro do que o piloto, ele tem uma boa vantagem neste domingo. A sua equipe, a Newman/Haas, tem um retrospecto vitorioso em superspeedways. Ano passado, chegou em segundo lugar nesta etapa com o norte-americano Michael Andretti, e venceu a outra prova do Mundial com essas características, em Fontana, com o brasileiro Christian Fittipaldi. "O carro costuma ser rápido aqui. Ele está andando realmente muito bem e sei que vai estar assim na prova. E é bom que seja assim mesmo, pois estou com muita saudade do pódio", avisa Da Matta.

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