Publicidade

Interlagos pode ter novas surpresas

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de duas etapas já disputadas, Austrália e Malásia, muita gente deve estar pensando o que esperar do GP do Brasil, domingo em Interlagos, prova seguinte do Mundial. Será que as novas regras poderão, como fizeram em Sepang, gerar um grid surpreendente e, por conta disso, tornar o resultado da corrida imprevisível? A estratégia ousada da Renault na última etapa e, principalmente, o bom resultado conquistado - Fernando Alonso em terceiro, depois de largar na pole position, e Jarno Trulli em quinto ? devem com certeza inspirar outros times a fazer o mesmo em Interlagos. Classificar-se com um pouco menos de combustível no tanque demonstrou ser uma tática eficiente, ao menos na Malásia. Deu certo para a escuderia francesa. Pode dar certo para os outros. Foi a ânsia de Michael Schumacher, da Ferrari, em ultrapassar Trulli que o levou a cometer o erro que o tirou da luta pela vitória. Portanto, não há por que não se acreditar em outro grid pouco comum no GP do Brasil e eventuais pegas que, não fosse a diferença de peso entre os carros, não seriam possíveis. O fato aumenta bastante as chances de os favoritos, ainda os pilotos da Ferrari, não terem como tirar tudo do seu equipamento, o mais eficiente. Para não se mencionar o imponderável, como a chuva. A lógica também sugere que, ao contrário das duas últimas corridas, a Williams de Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher deverá entrar no páreo para ganhar a corrida. Ano passado, Ralf cruzou a linha de chegada em segundo, 588 milésimos atrás de seu irmão. Os 4.309 metros do traçado de Interlagos apresentam dois trechos longos de aceleração plena, condição em que o excelente motor BMW da Williams pode sobrepor-se aos concorrentes. A McLaren aproveitou-se bem da condição favorável das provas de Melbourne e Sepang e venceu, ainda que seu carro não fosse o mais veloz. "Tanto os pneus Michelin tornaram-se mais competitivos quanto nós aprendemos a tirar mais deles depois de redesenharmos as suspensões e rever a aerodinâmica do MP4/17D", disse Adrian Newey, diretor-técnico da McLaren, em Sepang. Kimi Raikkonen e David Coulthard irão de novo dispor de um conjunto veloz, ainda que não tanto quanto o da Ferrari, e constante. Em associação com as novas regras podem de novo surpreender. A Ferrari vem com o F2002, modelo que estreou na Fórmula 1 ano passado em São Paulo. Com clareza o mais rápido, regular e resistente do Mundial. Não fosse o novo regulamento, que proíbe o reabastecimento entre a classificação, sábado, e a corrida, domingo, Schumacher e Barrichello seriam, desde já, os favoritos para obter a pole position e manter-se à frente dos concorrentes ao longo das 71 voltas da corrida. A história hoje, porém, é outra. Mais: se já havia pressão sobre os dois, depois da Malásia então, em que a Ferrari soma apenas 16 pontos, o mesmo da Renault, diante de 26 da McLaren, seus pilotos poderão estar ainda mais tensos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.