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Italianos e Ferrari elogiam Barrichello

Piloto brasileiro da Ferrari foi chamado de "mago" pelo Corriere dello Sport após a vitória no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.

Por Agencia Estado
Atualização:

Nada como uma vitória incontestável para fazer os críticos mudarem de opinião. Que o diga Rubens Barrichello, que até domingo era alvo de ataques desferidos de vários lados, principalmente por parte da imprensa italiana, inconformada com seus pálidos resultados até então com a Ferrari na temporada. Mas nesta segunda-feira, todos elogiaram o brasileiro. Seu excepcional triunfo no GP da Grã-Bretanha mereceu comentários favoráveis dos jornais italianos e também dos dirigentes da Ferrari. Rubinho só teve um motivo para ficar chateado: a quebra do troféu que ele recebeu pela vitória em Silverstone. A quebra aconteceu no aeroporto de Londres, quando ele se preparava para embarcar para o Brasil - pretende descansar por uma semana antes de ir para a Alemanha, onde dia 3 de agosto acontece a próxima etapa do Mundial, em Hockenheim. ?Uma pessoa esbarrou no troféu, ele caiu no chão e se espatifou. Estou triste por haver chegado ao Brasil sem ele, mas vou pedir para que façam outro para mim??, disse, no final da tarde desta segunda-feira, ao desembarcar no Aeroporto de Cumbica. Rubinho teve problemas para embarcar para São Paulo, por causa de uma greve no aeroporto londrino, que atrasou sua viagem. Por isso, não deve ter lido os elogios que recebeu da imprensa italiana. O Corriere dello Sport classificou o brasileiro como "mago??. O La Gazzetta dello Sport, que recentemente havia chamado Barrichello de ?taxista de luxo??, considerou seu desempenho em Silverstone ?uma obra de mestre?? e abriu o título: ?Barrichello como um Exterminador.?? E o Tuttosport destacou ?a resposta triunfal do homem nas sombras?. A vitória de Rubinho de domingo foi mesmo especial, considera. ?Nessa corrida, eu prendi o torcedor no sofá. Ou fiz ele cair do sofá??, brincou, ainda em Silverstone. Após responder aos críticos - ?Espero que agora as pessoas calem a boca?? -, também falou da emoção de escutar o Hino Nacional Brasileiro no pódio, o que o fez chorar. ?Quando estou no carro, controlo a emoção. Mas é impossível não chorar quando escuto o Hino.?? O brasileiro, porém, demonstrou estar ressentido com a imprensa brasileira - que também andava criticando-o bastante. ?Seu eu tivesse chegado em segundo, vocês não estariam aqui??, disse aos jornalistas que foram nesta segunda-feira, em Cumbica. Elogio oficial - A cúpula da Ferrari também voltou a ser carinhosa com Rubens Barrichello. ?Ele venceu com todos os méritos. Fez uma grande corrida, até porque em determinado momento estava em oitavo lugar. Muitas vezes, Rubens é criticado injustamente??, reconheceu o diretor esportivo da equipe, Jean Todt. O francês aproveitou para defender o brasileiro perante a imprensa italiana. ?Poderia começar (a entrevista) sendo irônico, dizendo que o inútil foi útil. Esclareço, porém, que aquele que vocês consideram inútil deu uma grande ajuda para o título (da Ferrari)??, disse ao La Gazzetta dello Sport. Todt, porém, entende que a ?pressão da imprensa pode ter sido útil?? para Rubinho, apesar de o piloto garantir que não se influencia pelas críticas dos jornalistas. ?E devo satisfação apenas para minha mulher e meu filho.??

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