Jackie Stewart pede renúncia de chefão da F1 após escândalo

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Por ALAN BALDWIN
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O lendário Jackie Stewart alertou neste sábado que o envolvimento de Max Mosley em um escândalo sexual pode causar um impacto comercial na Fórmula 1 e pediu a renúncia do presidente da FIA. "Se ele fosse o presidente da Confederação das Indústrias Britânicas, da Associação de Futebol ou do Comitê Olímpico, ele já teria sido substituído", disse o tricampeão de Fórmula 1 à Reuters no Grande Prêmio do Barein. O chefão da Federação Internacional de Automobilismo está processando o tablóide britânico "News of the World" por danos ilimitados, depois de o jornal ter publicado reportagem em que implicava Mosley em uma orgia sadomasoquista com prostitutas. O jornal publicou ainda mais detalhes em sua mais recente edição, que circulou neste domingo. O pai de Mosley, Oswald, fundou antes da Segunda Guerra Mundial a União Britânica de Fascistas. O filho nega que houvesse qualquer conotação nazista no incidente. Stewart disse que o caso, que tirou atenção do que aconteceu nas pistas neste fim de semana, pode fazer possíveis patrocinadores pensarem duas vezes antes de entrarem na categoria e sugeriu que o manda-chuva comercial da Fórmula 1 Bernie Ecclestone pode forçar a saída de Mosley. "Ele tem de fazer isso (demitir-se) por ele mesmo, mas Bernie Ecclestone tem um papel muito importante no desenrolar deste caso", disse o escocês. Ecclestone é membro do conselho de esportes motorizados da FIA e, ainda que ele na esfera privada possa estar a favor da renúncia de Mosley, recusou-se a participar do coro que clamorosamente pede a cabeça de seu compatriota. A Associação de Automóveis da América, a maior organização automobilística do mundo, com 51 milhões de associados nos Estados Unidos, também pediu no sábado a renúncia de Mosley.

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