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Justiça italiana pode reabrir o Caso Senna

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Por Agencia Estado
Atualização:

O processo que apura as causas da morte de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994, no GP de San Marino, já pode legalmente ser reaberto. A retomada das investigações tornou-se possível nesta quinta-feira com a divulgação, pela Justiça Italiana, dos detalhes da decisão que anulou a sentença que havia inocentado o sócio da Williams, Frank Williams, o diretor técnico Patrick Head e o então projetista da equipe Adrian Newey de culpa no acidente que levou o brasileiro à morte. A reabertura deverá mesmo ser solicitada, uma vez que a Corte de Apelações de Bolonha entende que a responsabilidade dos três mais importantes integrantes da Williams à época da tragédia não foram investigadas a fundo. Senna morreu em conseqüência do choque do Williams que pilotava na Curva Tamburello, em Ímola. A batida aconteceu após o tricampeão perder o controle do carro, por causa da quebra da barra de direção do FW16. A barra de direção foi modificada a pedido do brasileiro, mas ainda permanece a dúvida, por parte do promotor de Bolonha Rinaldo Rosini, se o trabalho foi feito corretamente. Frank Williams, Head e Newey (atualmente trabalhando na McLaren) foram absolvidos da acusação de homicídio culposo em 1997. Dois anos depois, em 22 de novembro de 1999, a sentença foi mantida em segunda instância, por insuficiência de provas. Mas em 14 de janeiro de 2003, a Suprema Corte italiana anulou as decisões anteriores. O promotor Rosini considera que o rompimento da barra de direção do FW16 poderia ter sido evitado. Ele quer saber se o trabalho foi realizado de maneira correta e se a quebra foi determinante para que Senna perdesse o controle do carro. Nova audiência sobre o caso deverá ser marcada ainda para este ano. Os dirigentes da Williams, que estão em Bahrein, não comentaram a decisão da Justiça italiana.

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