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Linha branca, atração do GP da França

Por Agencia Estado
Atualização:

Além da atuação extraordinária de Michael Schumacher e Kimi Raikkonen, o GP da França teve outra atração inesperada e pouco comum nas corridas: a faixa branca pintada sobre o asfalto na curva Estoril para separar os carros que saem dos boxes dos que estão na pista. Nada menos de quatro pilotos a cruzaram, o que é proibido, ao menos na corrida, custando-lhes o chamado drive-through. Por pouco Schumacher não deixa de ser campeão ontem por causa da faixa branca. A 11.ª etapa do campeonato, neste domingo no circuito Nevers-Magny-Cours foi a mais disputada até aqui e também a mais emocionante. Ocorreram várias ultrapassagens, na pista, nas operações de pit stop ou por erros e imprevistos dos que estavam à frente, alternância quanto à definição do títúlo ou não, por conta das constantes mudanças de posições entre os primeiros, e até acidentes. "Eu me diverti muito, em especial no início, quando eu e Kimi éramos bem mais velozes que Montoya", disse Schumacher. "Quando tentei ganhar a posição dele perdi a minha. Kimi chegou a me passar, mas na entrada do S de alta a recuperei", falou o alemão. Era a terceira volta, no fim da reta. Os três disputavam o primeiro lugar. Schumacher passou para primeiro na 26.ª volta. Montoya havia feito seu primeiro pit stop na 23.ª e o piloto da Ferrari na 26.ª. Ele ganhou a posição na saída de box, por metros. A faixa branca no asfalto já havia feito uma vítima, Felipe Massa, que a cruzara depois de cumprir um drive-through por ter queimado a largada. "Para começar ela é muito longa. Nos treinos, podíamos passar sobre ela que não acontecia nada e depois, aquela parte do asfalto, por fora da curva, é bem suja", disse Massa. Schumacher assumiu o erro, assim como Coulthard, mas tem a mesma visão de Massa. "É um ponto a ser revisto no futuro." O escocês da McLaren comentou que passar sobre a faixa é a trajetória normal naquele ponto. "Eu falava pelo rádio com a equipe e quando vi que iria tocá-la procurei desviar mas já era tarde." Eddie Irvine, com a nova Jaguar, era o sétimo colocado na 52.ª volta, na melhor corrida da equipe desde a abertura do Mundial, na Austrália, quando o aerofólio traseiro do carro voou no fim da reta. A Jaguar saiu rodando sem controle. "Tive sorte e não colidir em nada, estava a uns 300 km/h", disse. O carro ficou parado no meio da caixa de brita. O GP da França teve para Jenson Button um sabor de resposta a Flavio Briatore, diretor da Renault, equipe do inglês. Ele foi dispensado pelo italiano, para que Fernando Alonso, piloto de testes e cuja carreira é administrada por ele, assuma a vaga em 2003. Button disputou bela corrida e deu à Renault o sexto lugar, no GP da sua casa. Esteve sempre agressivo, por causa também da ousada estratégia escolhida, de três pit stops. Outro detalhe do GP da França: o público que normalmente não é grande, neste domingo foi excelente: 75 mil pessoas, segundo a organização.

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