Um promotor pediu ao chefe da McLaren, Ron Dennis, e a outras importantes figuras da equipe inglesa de Fórmula 1 para enfrentar um interrogatório na Itália como parte de um inquérito sobre a controvérsia de espionagem de informações vazados da Ferrari ano passado. A McLaren confirmou nesta quinta--feira que os seus advogados "tinham recebido alguns papéis das autoridades de Modena, que estão atualmente sendo revisados". A equipe não deu detalhes, mas o jornal italiano Gazzetta dello Sport informou na quarta-feira que o magistrado Giuseppe Tibis pretende ouvir Dennis, o chefe-executivo Martin Whitmarsh, o projetista-chefe suspenso Mike Coughlan e o diretor de engenharia Paddy Lowe em 18 de fevereiro. O ex-engenheiro da Ferrari Nigel Stepney também estava na lista, acrescentou o jornal, mas os funcionários da McLaren Jonathan Neale e Rob Taylor não estavam porque os magistrados não tinham os seus endereços na Inglaterra. Não havia confirmação imediata do promotor e o escritório de Tibis informou que ele está em férias. Os funcionários da McLaren foram notificados durante o Grande Prêmio da Itália, em Monza, em setembro, de que eles estavam sendo investigados como parte do inquérito sobre o vazamento de um dossiê de 780 páginas da rival Ferrari. A McLaren suspendeu Coughlan em julho, depois que informações técnicas da Ferrari foram encontradas em uma busca a sua casa na Inglaterra. A Ferrari acusa Stepney, que foi demitido da escuderia, de enviar o material a Coughlan. A McLaren, que tinha negado ter se beneficiado das informações, foi multada em 100 milhões de dólares e perdeu todos os seus pontos no campeonato de construtores, em setembro. A McLaren pediu desculpas e reconheceu que as informações da Ferrari tinham penetrado mais fundo na equipe do que se suspeitava. (Reportagem adicional de Mark Meadows em Milão)