Massa já sente pressão de time de ponta

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Felipe Massa nem começou, ainda, sua trajetória numa equipe de ponta da Fórmula 1 - pilotará pela Ferrari em 2006 - e já está sentindo o que terá de enfrentar daqui por diante. Primeiro viu-se envolvido numa discussão entre parte da imprensa brasileira e Luca Colajanni, responsável da Ferrari pelas relações com os jornalistas. Neste sábado, recebeu uma bronca do diretor da Michelin, Pierre Dupasquier, por testar a Ferrari, terça-feira em Monza, escuderia da Bridgestone, sendo que seu time atual, Sauber, compete com os pneus franceses. Tão logo a Ferrari anunciou a contratação de Massa, depois do GP da Hungria, a imprensa brasileira quis ouvir o piloto. A direção da Ferrari permitiu apenas que a TV Globo o entrevistasse. O piloto recebeu um fogo cruzado dos jornalistas, em Istambul. O caso foi parar na mesa de Bernie Ecclestone. Agora Massa está se vendo em meio a outra confusão: "Ele não participará mais de nenhum dos nossos testes de desenvolvimento", afirmou, neste sábado, Dupasquier. Como Massa vai correr com Bridgestone em 2006 e hoje dispõe dos Michelin, ele poderia repassar aos japoneses alguns dos comportamentos dos pneus franceses, este ano bem mais eficientes que os Bridgestone. "Não é uma decisão ética. Não podemos barrá-la, mas daqui para a frente Massa ficará de fora de nossos novos experimentos", explicou o dirigente da Michelin. Quando questionado do porquê ter se recusado a falar com a imprensa brasileira, Massa não sabia o que responder. Na realidade, nos dois casos o piloto não tem responsabilidade alguma, já que de um lado atendeu à orientação de Colajanni e quanto ao teste quem o programou foi a área técnica de sua nova equipe, a Ferrari. A respeito desses temas Massa não se manifesta, também por atender o que lhe solicitam. De qualquer forma, o jovem piloto de 24 anos já compreendeu que os desafios de pilotar para uma organização como a Ferrari se estendem para bem além do simples exame de habilidade. Saber administrar emocionalmente todas as cobranças que o cercam é tão importante quanto ter talento para ser veloz na pista. Esse é o melhor retrato da Fórmula 1 dos anos 2000.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.