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McLaren discute crise em reunião

Por Agencia Estado
Atualização:

A crise na McLaren é tão grande que dirigentes da equipe e do alto comando da Daimler-Chrysler, grupo a quem pertence a Mercedes, sócia do time, reuniram-se nesta segunda-feira, na Alemanha, a fim de medidas emergenciais. "Temos de melhorar em tudo, chassi, motor, eletrônica, pilotos e equipe", afirmou Juergen Hubbert, presidente do grupo. Enquanto a Ferrari, líder entre os construtores, somou até agora, depois de nove etapas disputadas, 94 pontos, a McLaren-Mercedes não passou de 53. "Depois da decepcionante corrida na nossa casa, tínhamos de tomar providências", lembrou Hubbert. Na corrida de Nurburgring, domingo, diante dos alemães, a Mercedes não só perdeu feio para a maior adversária na pista, a Ferrari, mas principalmente para a concorrente do mercado, a BMW. Ralf Schumacher só não venceu a competição com Williams-BMW porque cometeu um erro infantil - cruzar a linha branca sobre o asfalto na saída de box - e foi punido com um stop and go. Mesmo assim colocou em risco o terceiro lugar do melhor piloto da McLaren-Mercedes, David Coulthard, que cruzou a linha de chegada 24 segundos atrás de Michael Schumacher, o vencedor. "Somos os melhores do resto", definiu Coulthard. O diretor esportivo da Mercedes, Norbert Haug, concordou: "Fizemos o pior trabalho do campeonato, somos apenas a terceira força." O diretor executivo e sócio com 30% da equipe, Ron Dennis, explicou que, na Fórmula 1, os bons resultados vêm da combinação de vários elementos. "Está faltando para nós harmonia. A batalha para continuar com Adrian Newey no time fez estragos na McLaren." A escuderia da Mercedes e a Jaguar, pertencente a Ford, disputaram durante cerca de duas semanas o "passe" do projetista mais conceituado da F-1, Newey. Para o engenheiro permanecer na McLaren, Dennis e a Mercedes lhe ofereceram nada menos de US$ 8 milhões por temporada, até o fim de 2005. O dirigente dá a entender que a equipe parou até que o caso fosse decidido. "O pior é que até a corrida de Magny-Cours nós não teremos como treinar´, lembrou Coulthard, nesta segunda-feira. O GP da França será já domingo. "Espero que dentro da fábrica encontremos o que nos fez ser tão lentos no GP da Europa." O seu companheiro, Mika Hakkinen, campeão do mundo com a McLaren em 1998 e 1999, classificou-se em sexto em Nurburbring, um minuto e quatro segundos atrás de Michael Schumacher. Com a experiência de quem já viveu momentos até piores na McLaren, Dennis afirmou nesta segunda: Não seremos vítimas do pânico." Para ele, é "ridículo" dizer-se que a McLaren "está perdendo a direção." As mudanças serão estruturais mas, por enquanto, os profissionais da equipe continuarão onde estão, segundo Hubbert.

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