PUBLICIDADE

Publicidade

McLaren fica com o carro do ano passado

A equipe testará importantes mudanças no carro do ano passado e que ainda está em uso, MP4/17D. O novo, MP4/18, servirá apenas de base para o modelo que utilizará em 2004.

Por Agencia Estado
Atualização:

Enquanto a Ferrari experimentará nos testes de Monza, de terça a sexta-feira, várias novidades em muitas áreas de seu carro, F2003-GA, como aerodinâmica, motor e eletrônica, a McLaren anunciou hoje também que testará importantes mudanças no carro do ano passado e que ainda está em uso, MP4/17D. O novo, MP4/18, definitivamente, "servirá apenas de base para o modelo que utilizaremos ano que vem", diz o comunicado da equipe. Com o MP4/17D, Kimi Raikkonen tem apenas dois pontos a menos que Michael Schumacher, da Ferrari, o líder do Mundial, 72 a 70, e um a menos de Juan Pablo Montoya, Williams, segundo colocado. Antes de tornar-se projetista da Williams, no fim de 1990, Adrian Newey, hoje diretor-técnico da McLaren, tinha a fama de ser um sonhador. Seus projetos eram fabulosos, mas na teoria. Na prática, não funcionavam. Na Williams o diretor-técnico Patrick Head, ao contrário, sempre foi conceituado como "homem de pés na terra." Essa combinação entre o arrojo das soluções de Newey e o conservadorismo de Head produziu carros notáveis, como o Williams FW14B de 1992, campeão com Nigel Mansell, e o FW15C, de 1993, campeão com Alain Prost. Newey está na McLaren desde o fim de 1996. Realizou trabalhos excepcionais, em 1998 e 1999, quando Mika Hakkinen por duas vezes conquistou o título, e depois disso seus projetos foram ficando para trás. Agora, no MP4/18, carro que incrivelmente não irá sequer estrear, Newey voltou a ser o "sonhador" que o caracterizou no início de carreira. O modelo da McLaren adota soluções tão radicais que sequer passa no teste de resistência (crash test) estabelecido pela FIA. Conclusão: não pode ser usado. Está faltando um pouco de Head para Newey. Seria mais prudente, nessa fase, a McLaren não jogar tudo nas suas mãos para 2004, a fim de que o MP4/19 não seja outro MP4/18.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.