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Michael abre mão de três voltas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Na sessão de classificação para o grid mais disputada da temporada, neste sábado no circuito de Indianápolis, deu Michael Schumacher. O alemão da Ferrari larga neste domingo na pole position do GP dos Estados Unidos, 16ª etapa do campeonato. Como que projetando o que deverá ocorrer em 2002, a McLaren, com Mika Hakkinen, e a Williams, Ralf Schumacher, obtiveram a segunda e a terceira colocações, mas com diferenças mínimas para a Ferrari. Rubens Barrichello, que chegou a estar em primeiro, terminou em quinto. A exemplo do que já fez este ano, Michael deixou o cockpit do carro mesmo tendo completado apenas 9 voltas. Cada piloto tem direito a 12 voltas. Naquele momento, a cerca de 10 minutos do encerramento, já tinha o melhor tempo, 1min11s708. "Não é questão de ter certeza de que os outros não vão lhe superar, mas de reconhecer que não tem mais o que dar de si ou mesmo tirar da máquina", explicou. Ele foi o piloto que menos voltas completou na sessão, embora tenha feito a pole position, a décima na temporada e a 42ª na carreira. Ao responder a um norte-americano que de dentro do cockpit é capaz de compreender quando sua volta é até milésimos de segundo melhor ou pior que outra, Michael provocou risos em seu irmão, Ralf, e Hakkinen, sentados ao seu lado. "Mágico ele, não?", disse Ralf aos jornalistas. Hakkinen acenou com o indicador que ele também não tem essa capacidade. "Somos supersensíveis para perceber essas diferenças", falou o piloto da Ferrari, referindo-se ao fato de não sair para sua última tentativa de melhorar o tempo. "Eu não tenho essa capacidade", falou Ralf. Ao contrário de Monza, em que a Ferrari sabia que seria difícil vencer a Williams, no GP dos EUA, segundo Michael, a equipe italiana tem tudo para nova vitória. "Há bem mais curvas neste traçado. Evoluímos bastante nosso chassi de ontem para hoje; temos muitos fãs aqui, espero ganhar e que a Fórmula 1 lhes apresente um belo espetáculo." Na edição do ano passado Michael venceu com Rubens Barrichello em segundo. Os seis primeiros colocados fizeram dois pit stops, estratégia que deverá ser repetida pela maioria hoje, ao longo das 73 voltas da corrida. A meteorologia prevê bom tempo e temperatura um pouco mais elevada que nos últimos dias, onde a máxima atingiu 18 graus. "É muito bom estar de volta à primeira fila", falou Hakkinen, com 1min11s945, demonstrando uma descontração jamais vista nele. O GP do Japão, dia 14, será o último da carreira, ainda que ele afirme que voltará à Fórmula 1. Sexta-feira Hakkinen completou 33 anos de idade. "Pode ser que essa maneira de correr, sem nenhuma tensão, como a que vivo hoje, esteja mesmo me auxiliando a ser mais rápido." O finlandês ficou a apenas 237 milésimos de Michael, enquanto David Coulthard, o companheiro de McLaren, não foi além da sétima colocação, a 792 milésimos do alemão. O mau posicionamento de Coulthard no grid é uma boa notícia para Rubinho, que disputa com ele e Ralf o título de vice-campeão do Mundial. O escocês tem 57 pontos, o brasileiro 54 e Ralf 48. Outra competição é a de vice entre os construtores, em que a McLaren-Mercedes soma 81 pontos e a Williams-BMW 73. A TV Globo transmite ao vivo o GP dos EUA, a partir das 15 horas. Ao contrário do que Juan Pablo Montoya vinha afirmando, de que os 4.192 metros da pista de Indianápolis seriam "muito favoráveis" à Williams, Ralf Schumacher teve de assumir elevados riscos para classificar-se em terceiro, com 1min11s986. O colombiano, o piloto de maior torcida no circuito, ficou em quarto, 1min12s252. Ralf tem outro ponto de vista a respeito das chances da Willliams: "Se esquentar nossos pneus (Michelin) funcionarão melhor e, quem sabe poderemos ter alguma chance." A Williams encontrou bem mais dificuldades que a Ferrari e a McLaren para acertar o carro a fim de que seja veloz na seção de maior aceleração de toda a Fórmula 1 (mais de 20 segundos) e na sinuosa porção localizada dentro do traçado oval, tradicional cenário da Fórmula Indy.

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