As ações da fabricante de pneus Michelin apresentaram forte queda nesta segunda-feira na Bolsa de Paris, um dia depois da polêmica de domingo quando, por motivos de segurança, recomendou às escuderias que não disputassem o GP dos Estados Unidos - a nona etapa do Mundial de F-1. As ações da empresa francesa, líder mundial de vendas de pneus, caíram 1,07%, enquanto o índice de referência, o CAC-40, teve queda de 0,65%. Os analistas econômicos disseram que a queda das ações da Michelin é explicada em parte pela imagem ruim deixada no circuito de Indianápolis. A Michelin aconselhou as equipes a não correrem levando em conta o acidente sofrido nos treinos pelo piloto alemão Ralf Schumacher. A empresa argumentou que não tinha como garantir a segurança dos pilotos. As sete equipes que usam pneus Michelin abandonaram a prova após a volta de apresentação. Apenas os seis carros das três equipes que usam pneus Bridgestone participaram da prova. A imagem da Michelin foi afetada, segundo vários analistas do mercado parisiense, porque a empresa francesa tem interesses nos Estados Unidos, onde através da BF Goodrich efetua 33% de suas vendas. Além disso, a projeção mundial da Fórmula 1 pode fazer com que o impacto se estenda a outros países. Os analistas explicam também que a queda das ações da Michelin pode ter sido provocada por outros motivos, como a alta do petróleo e a notícia de que a empresa teve de fazer dois pagamentos urgentes para cobrir um buraco de 427,3 milhões de euros em seu fundo de pensão britânico.