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Montoya está sob pressão na McLaren

Por Agencia Estado
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O GP da França de Fórmula 1 representará uma espécie de ?vai ou racha? para o colombiano Juan Pablo Montoya na equipe McLaren. Já neste sábado, no treino que definirá o grid de largada, por exemplo, ele terá de mostrar o que não conseguiu este ano: velocidade e constância. A McLaren confirmou nesta sexta-feira, nos dois treinos livres, ter o carro mais rápido para o circuito de Magny-Cours. Mas o finlandês Kimi Raikkonen perderá dez posições no grid, por ser obrigado a substituir o motor que quebrou. Assim, a responsabilidade está nas mãos de Montoya. O problema é que seu passado na atual temporada é um seleção de equívocos. Nas nove etapas já disputadas este ano, a McLaren nunca se viu obrigada a confiar tanto como agora no trabalho do piloto colombiano, contratado a peso de ouro - estima-se que ganhe US$ 9 milhões por ano. Afinal, mesmo que Raikkonen conquiste o melhor tempo na classificação, largará apenas em 11º lugar, o que já reduz suas chances de vencer e se aproximar do espanhol Fernando Alonso, da Renault, que lidera o campeonato. "Não penso que Kimi está fora da luta pela vitória, mas é certo também que, em função de seus problemas de motor hoje, esperamos mais de Montoya", afirmou Ron Dennis, diretor e sócio da McLaren. A sexta-feira começou bem para o colombiano de 29 anos, ao obter o segundo tempo na sessão da tarde, sendo que o primeiro ficou com o espanhol Pedro de la Rosa, que é piloto de testes da McLaren. "Estou mais acostumado com as reações do nosso carro", revelou Montoya, culpando a sua pouca adaptação ao modelo MP4/20 da equipe por alguns dos erros cometidos. Festival de erros - As trapalhadas de Montoya começaram já na abertura da temporada, na Austrália e na Malásia. Exagerou no uso dos freios e comprometeu a saúde dos seus pneus, o que lhe deu apenas a sexta e a quarta colocações. Antes da etapa seguinte, quebrou o omoplata. Jura até hoje que foi jogando tênis, enquanto não há quem não acredite que a fratura teve origem num tombo de moto, já que pratica motocross. Assim, ficou fora das provas no Bahrein e San Marino. Sua volta às pistas foi em grande estilo: destruiu o carro no primeiro treino livre do GP da Espanha. E só por muita sorte não se feriu com gravidade. No GP de Mônaco, acabou largando em último por, deliberadamente, no treino de sábado, ter freado na frente de Ralf Schumacher (break test), da Toyota, por sentir-se prejudicado, pouco antes, pelo ex-companheiro de Williams. A sua brincadeira a mais de 200 km/h gerou um acidente que envolveu David Coulthard, Red Bull, e Jacques Villeneuve, Sauber. Mas o máximo de seus erros de avaliação aconteceu no GP do Canadá: acabou excluído da corrida que poderia ter vencido por não respeitar o sinal vermelho na saída de box, depois do seu segundo pit stop. Montoya está invicto: praticamente não teve prova este ano em que, de alguma forma, não comprometeu, por erro próprio, a conquista de um melhor resultado. O GP da França é sua chance. A McLaren já dá sinais de estar cansada de tão pouca eficiência. Ele soma 16 pontos, em 11º lugar, bem longe dos 37 de Raikkonen, que está na segunda posição. Acompanhe a cobertura completa da temporada da Fórmula 1

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