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Mosley rejeita acusação de que FIA persegue Hamilton

Por ALAN BALDWIN
Atualização:

Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), rebateu na sexta-feira a acusação de que a entidade teria agido de forma injusta com a McLaren e Lewis Hamilton quando tirou a vitória do piloto no Grande Prêmio da Bélgica. "Qualquer sugestão de que houve favorecimento ou injustiça em relação a qualquer piloto ou equipe é completamente inverídica. Não houve nada do tipo", afirmou Mosley à Reuters, em Monza, onde ocorre neste fim de semana o Grande Prêmio da Itália. "Acho que isso é um reflexo, e eu peço desculpas por dizer disso, da estupidez das pessoas que não pensaram verdadeiramente a respeito do que houve e que se colocam no lugar dos que precisam tomar essas decisões complicadas", acrescentou. Atual líder do campeonato, Hamilton caiu de primeiro para terceiro lugar em Spa Francorchamps depois que fiscais da prova realizada no domingo passado julgaram que ele obteve uma vantagem ilegal ao cortar uma chicane enquanto lutava pelo primeiro lugar com o atual detentor do título, Kimi Raikkonen, da Ferrari. INDIGNAÇÃO NA GRÃ-BRETANHA A decisão fez com que o piloto ficasse a apenas dois pontos do brasileiro Felipe Massa (também da Ferrari) na classificação geral e provocou indignação entre os britânicos. Alguns comentaristas chegaram a ressuscitar a antiga piada de que a sigla FIA significa "Ajuda Internacional à Ferrari". A McLaren, de Hamilton, apelou da decisão e esse processo deve ser concluído em Paris, no dia 22 de setembro. Mosley afirmou que estava no Peru no momento do GP da Bélgica e que só ficou sabendo da polêmica quando alguém ligou para ele a fim de pedir-lhe uma opinião. "Minha reação imediata foi dizer que isso tomaria um grande montante do tempo de todo mundo, o que sempre ocorre. Um incidente diminuto acontece, e horas do nosso tempo se consomem", afirmou o britânico. O presidente da FIA afirmou que Hamilton continuava a ser a aposta dele para conquistar o campeonato deste ano. "Acho que ele é um piloto brilhante e que seria excelente para a Fórmula 1 se ele vencesse", afirmou. "Mas isso não significa que vamos ajudá-lo ou prejudicá-lo. Seremos totalmente neutros." "No entanto, dito isso, seria magnífico se ele vencesse porque ele é um talento supremo e, quando ele enfrenta dificuldades, é quando isso fica patente. Ele vem realizando um grande trabalho e, apesar de podermos admirar isso, não podemos ajudá-lo e nem prejudicá-lo", afirmou.

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