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Mosley se diz vítima de conspiração em escândalo sexual

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Por ALAN BALDWIN
Atualização:

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, que luta para manter seu posto depois de um escândalo sexual, defendeu seu comportamento neste sábado e afirmou que era "vítima de uma conspiração nojenta." Numa carta que a Reuters teve acesso no GP de Barein, e endereçada a Peter Mayer, chefe do Clube de Automobilismo ADAC, da Alemanha, o presidente da FIA afirmou que suas ações foram "inofensivas e completamente legais." A carta também circulou entre todos os membros da FIA, bem como o Conselho e o Senado da entidade. "Se eu tivesse sido pego dirigindo em alta velocidade numa rua pública ou bêbado (mesmo na Suécia, onde o limite é bem baixo), eu renunciaria no mesmo dia", disse Mosley, de 67 anos. "O tablóide obteve de forma ilegal fotografias de algo que fiz privativamente que, apesar de inaceitável para algumas pessoas, foi inofensivo e completamente legal", afirmou. "Muitas pessoas fazem coisas em seus quartos ou têm hábitos pessoais que outros podem achar repugnantes. Mas desde que mantenham o assunto em privado, ninguém se opõe." Mosley está processando o tablóide dominical britânico The News of the World por danos ilimitados por ter publicado no último fim de semana revelações sobre o seu envolvimento numa orgia sadomasoquista com prostitutas. O porta-voz do jornal, Hayley Barlow, afirmou num comunicado que o News of the World mantém a história e vai "defender-se vigorosamente de todas as ações legais trazidas pelo sr. Mosley." Mosley, cujo pai Oswald fundou a União Britânica de Fascistas antes da 2a Guerra Mundial, negou qualquer conotação nazista de suas ações. CONSPIRAÇÃO NOJENTA Montadoras alemães e japoneses com equipes na Fórmula 1 e algumas federações automobilísticas convocaram Mosley para depor. A ADAC divulgou um comunicado na sexta-feira advertindo Mosley "para cuidadosamente considerar sua posição." "A ofensa parece ser não o que eu fiz, mas o fato de ter vindo a público", afirmou Mosley em sua carta. Ele recebeu o apoio de 20 clubes da FIA. "Eu fui vítima de uma conspiração nojenta. O dito elemento nazista é pura fabricação. Isso será esclarecido quando o assunto chegar aos tribunais. O jornal inventou isso para apimentar sua história e lembrar o passado de minha família."

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