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Mudança na Fórmula 1 beneficia Ferrari

Por Agencia Estado
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A Ferrari e a Bridgestrone devem, reservadamente, programar uma grande festa em breve: afinal, tiveram uma grande vitória nos bastidores, que pode levá-los de volta ao topo da Fórmula 1. A partir da próxima temporada, será permitido trocar os pneus durante as corridas, o que foi proibido no campeonato de 2005. A medida foi aprovada nesta segunda-feira, em Londres, durante reunião da Comissão de Fórmula 1, com a presença de representantes das 10 equipes do campeonato, dos promotores de GPs, dos patrocinadores, mais Max Mosley, que é presidente da FIA, e Bernie Ecclestone, o promotor da F1. A temporada que acabou no último dia 16, no GP da China, teve as equipes Renault e McLaren como protagonistas porque seus projetistas trabalharam melhor que os da Ferrari durante o ano. Mas a principal razão para tamanha superioridade sobre a escuderia que dominou a Fórmula 1 nos últimos anos foi a mudança nas regras dos pneus. A Michelin, fornecedora de Renault e McLaren, respondeu com maior eficiência que a Bridgestone, parceira da Ferrari, diante da regra que impedia a troca de pneus durante as corridas, como aconteceu na temporada 2005. Assim, durante todo o ano, os pilotos deveriam classificar-se e disputar os 300 quilômetros do GP com o mesmo jogo de pneus. Foi o suficiente para a Bridgestone, que até então desenvolvia, na média, pneus mais eficientes que a Michelin, passar a perder feio para a concorrente. Até o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, não se controlou ao ver seus pilotos, Michael Schumacher e Rubens Barrichello, serem quase humilhados no GP da Espanha, tal a falta de competitividade da sua equipe com os pneus da Bridgestone. Questionado sobre a volta da possibilidade de se substituir os pneus durante as provas em 2006, Norbert Haug, diretor da Mercedes, que é sócia da McLaren, foi bastante claro. ?Se a lógica desse esporte é punir os que foram mais competentes com a alteração do regulamento dos pneus, então estamos no lugar errado. Não vejo razão para, de novo, repensarmos as regras?, afirmou. Mesmo assim, contra todas as previsões, a Comissão de Fórmula 1 decidiu que no Mundial do ano que vem os pilotos irão dispor de 7 jogos de pneus para usar como bem entenderem ao longo do fim de semana de GP. Dessa maneira, certamente, a Ferrari retornará às primeiras colocações. Por pior que fosse o seu modelo F2005 deste ano, se comparado ao F2004, um fenômeno que levou a equipe a vencer 15 das 18 etapas do calendário de 2004, a maior responsabilidade pelo fraco desempenho recaiu sobre a pouca competitividade dos pneus Bridgestone. Schumacher, Rubinho, Montezemolo e o diretor-geral da equipe, Jean Todt, não escondiam isso. Agora a Comissão de Fórmula 1 devolveu à Ferrari a possibilidade real de inserir-se dentre os que vão lutar pelo título da temporada 2006. Bom para Schumacher e também para o brasileiro Felipe Massa, que está chegando agora à equipe italiana. Mais mudança - Como já se esperava, a Comissão da Fórmula 1 também alterou nesta segunda-feira o formato do treino que define o grid. Agora, a classificação será dividida: 15 minutos para apontar os 5 últimos colocados; intervalo de 5 minutos; os outros 15 minutos selecionam do 15º ao 11º lugar; outro intervalo de 5 minutos; e nos 20 minutos finais os 10 pilotos que restaram disputam da pole position à 10ª posição, com gasolina no tanque para depois iniciarem a corrida no dia seguinte - os demais podem reabastecer.

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