08 de abril de 2016 | 17h17
Os carros de corrida do piloto Emerson Fittipaldi, penhorados pela Justiça na última semana, estão tentando ser reavidos pelo Museu Fittipaldi. Nesta sexta-feira, a instituição entrou com um embargo de terceiro para tentar retomar a posse dos veículos na Justiça.
Juridicamente, um embargo de terceiro significa uma medida processual que tem a intervenção de uma terceira pessoa (no caso, o Museu Fittipaldi) em um processo que se encontra em curso. No caso, o banco ABC Brasil é o autor da ação da penhora e a empresa EF Marketing, de Emerson, é o alvo do mandado judicial.
Fittipaldi está em situação de falência
O argumento utilizado pela equipe de Fittipaldi é o de que os carros, taças e demais objetos levados do escritório são de propriedade do Museu, e não da EF Marketing ou da pessoa física de Fittipaldi. Os objetos foram doados pelo próprio Emerson ao museu na época de sua criação, em 2003. Agora, o pedido do advogado do piloto será recebido e analisado por um juiz, que definirá o mérito da decisão.
Além dos carros e taças, outros objetos foram levados do escritório de Fittipaldi no dia 30 de março, tais como quadros, computadores e até cadeiras. Os carros apreendidos, como o Copersucar 1976 (primeiro carro brasileiro de Fórmula 1), e o Penske #20 estão em um galpão próximo ao Autódromo de Interlagos.
No Tribunal de Justiça de São Paulo, há cerca de 60 ações contra Fittipaldi, totalizando mais de R$ 27 milhões em dívidas. Também na semana passada, após a penhora, o piloto foi considerado em situação de falência, por ser um devedor que não teria como saldar suas dívidas.
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