A Williams viveu nesta quinta-feira mais um capítulo de sua crise. Após decepcionar na temporada passada da Fórmula 1 e quase dar vexame nos testes da pré-temporada, o time britânico perdeu temporariamente Paddy Lowe, seu diretor-técnico. Ele pediu licença sem prazo para voltar por "razões pessoais".
Era responsabilidade de Lowe o projeto do modelo FW42, que enfrentou problemas na pré-temporada. Em razão de dificuldades técnicas, a Williams não conseguiu finalizar o carro a tempo de chamado "shakedown", o momento em que o carro vai para a pista pela primeira vez. Além disso, o time perdeu os dois primeiros dias de testes em Barcelona.
A ausência nas duas atividades causou prejuízos ao time britânico, que desperdiçou oportunidades para testar componentes e fazer avaliações sobre a adaptação dos pilotos ao modelo. Neste ano, o time terá uma dupla nova no cockpit, formada pelo experiente polonês Robert Kubica e o inglês George Russell, um dos estreantes da temporada.
Paddy Lowe está em sua segunda passagem pela Williams, sendo a primeira ainda na década de 80. Ele comemorou títulos pela McLaren e pela Mercedes antes de retornar ao time britânico em março de 2017.
Afastado da equipe, Lowe deve acompanhar de longe o possível fraco início de temporada da Williams, a julgar pelo rendimento abaixo do esperado nas duas baterias da pré-temporada. Se isso se confirmar, a tradicional equipe da Fórmula 1 corre o risco de repetir neste ano a performance de 2018, quando foi a última colocada do Mundial de Construtores, com apenas sete pontos.