Nelsinho já decidiu: corre F-2 em 2005

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Por Agencia Estado
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Nelson Angelo Piquet, campeão inglês de Fórmula 3, está convencido: é impossível chegar hoje à F-1 sem o crivo das disputadas corridas nos autódromos da Inglaterra. "Na F-3 sul-americana eu corria sozinho. Aqui eu aprendi a brigar por posições, a preparar o carro para cada circuito, a andar no limite, a enfrentar problemas e ficar atrás. Depois de duas temporadas, acho que estou muito mais maduro", admite o piloto brasileiro. Pronto para subir de categoria em 2005, Nelsinho está seguro de que manterá o vínculo com a Williams/BMW para quem, espera, voltará a fazer testes no ano que vem. Ao mesmo tempo, o piloto já definiu, praticamente, que seu caminho será o da nova Fórmula 2 que estreará no ano que vem como último degrau antes da F-1. "O salto será grande. Os Dallara/Renault da F-2 terão motores de 600 cavalos enquanto os da F-3 não passam de 230 ou 240 cavalos. Mas este é o caminho. Já não tenho mais motivos para permanecer na F-3." Nelsinho está conversando com algumas equipes de melhor estrutura e espera definir seu futuro ainda este ano. Uma hipótese que poderia interessar ao tricampeão Nelson Piquet, responsável pela gestão da carreira do filho, seria uma parceria entre a Piquet Sports e uma equipe de Fórmula 2. "A estrutura de uma equipe de F-2 deverá ser bem maior do que a da F-3", justifica o piloto. A Fórmula 1 é a meta de Nelsinho que, por enquanto, não sente a menor atração pelas corridas americanas. Mas também não tem pressa em chegar lá. "Tenho visto muita gente enfrentando dificuldades. O Ricardo Zonta, o Antonio Pizzonia estão entrando e saindo da equipe. Eu prefiro esperar mais tempo se for preciso. E quando chegar a oportunidade entrar e ficar de vez com uma vaga. Não vejo outra forma. Se não for assim você não consegue desenvolver seu talento, ganhar experiência, aprender", explica. Uma boa temporada de Fórmula 2, no ano que vem, já poderá abrir o caminho para Nelsinho na Fórmula 1 em 2006. "Se eu sentir que é uma proposta boa é claro que não vou recusar. No ano que vem, andando com motores mais potentes, já saberei de minhas condições. Minha primeira experiência com a Williams foi boa. Ela me deu muita confiança". Ginástica - Como o pai, Nelsinho também não gosta de ginástica. Mas desde que chegou a F-3 concluiu que poderia se prejudicar se não tivesse um bom condicionamento: "Não é nada agradável mas estou fazendo peso, musculação, aeróbica, ciclismo com meu personal trainer Alceu Guimarães", conta. E reconhece que isso está fazendo bem, dando mais disposição. "O ano que vem vai ser bravo. Para segurar um motor de 600 cavalos em corridas e testes só com muita massa muscular. Do contrário você acaba arrebentado." Para acabar bem o ano, depois do título, Nelsinho quer correr as 500 Milhas de Kart da Granja Viana, em novembro. "Acho que vou me divertir muito, seja quem forem os meus parceiros."

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