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Nenhum brasileiro terminou a prova

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os três brasileiros que começaram a temporada não concluíram a etapa de abertura, neste domingo em Melbourne. Rubens Barrichello bateu com alguma violência sua Ferrari ainda na sexta volta da prova (de um total de 58), na curva 5, enquanto Cristiano da Matta, da Toyota, também errou, na sétima volta, na freada da curva 3. O amazonense Antonio Pizzonia, da Jaguar, permaneceu na pista até a 53 volta (de um total de 58), quando um problema na suspensão traseira direita o obrigou a parar. Cristiano e Pizzonia estreavam na competição. "Na largada, tive de segurar o carro com o freio. Por alguma razão, começou a ir para a frente o que me obrigou a pressionar mais o pedal." Barrichello explicou que não foi suficiente, tanto que sua Ferrari se antecipou ao sinal que autoriza o início da corrida. Na volta que bateu o carro, surgiu na tela do computador das equipes a informação de que ele teria de cumprir um drive-through por ter queimado a largada. "Eu estava acelerando mesmo porque a pista secava e, com pneus para asfalto molhado, teri a dificuldades para manter o Juan Pablo Montoya (Williams), com pneus para seco, atrás de mim." Na tentativa de andar muito rápido para as condições, perdeu o controle da Ferrari. "Saí um pouco da trajetória e o carro foi embora, não foi das melhores experiências." Barrichello tinha já àquela altura dificuldade com o Hans, novo sistema de capacete . O apoio sobre os ombros tem uma espécie de almofada de ar, para proteger do contato direto com sua superfície dura. "O meu perdeu o ar e estava incomodando." Ao contrário da maioria, para Barrichello as condições do tempo não justificam totalmente a c orrida empolgante de Melbourne. "As novas regras ajudaram sim, afinal nós tínhamos carro para fazer primeiro e segundo e não levamos." Cristiano largou com pneus para pista seca que, apesar de mostra-se vantajoso um pouco mais tarde, tornavam as primeiras voltas críticas. Quando ele rodou na pista, na sétima volta, as condições já eram bem melhores, tanto que era o 11º colocado (largou em 16.º). "Eu tinha um carro na minha frente (a Jaguar de Antonio Pizzonia) e outro ao meu lado (a Ferrari de Michael Schumacher, que parara para trocar os pneus de molhado para seco)", contou o piloto da Toyota. "Por estar muito próximo do carro à minh a frente, não percebi passar a placa dos 100 metros para a curva. Foi quando vi a placa dos 50 metros e compreendi que era tarde demais." O mineiro rodou e ficou parado na caixa de brita. "O fim de semana valeu porque nos mostrou que o carro é mesmo rápido." Pizzonia também aceitou os riscos de largar com pneu para pista seca. "Minha preocupação era terminar a prova, ganhar experiência, dar à equipe informações, já que não havíamos completado nenhuma simulação de corrida." Mark Gillam, engenheiro-chefe da Jaguar, que criticara seus dois pilotos pelos erros na classificação, neste domingo elogiou Pizzonia. A cinco voltas da bandeirada, o piloto estava em 12º, mas a mesma pane que levou o companheiro, Mark Webber, a desistir, se manifestou no seu carro. "Diante do f ato de ter treinado pouco sexta-feira e sábado, em razão de problemas no carro, não dá para reclamar da corrida.

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