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Otimismo entre pilotos da Renault

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os pilotos da equipe Renault, o italiano Jarno Trulli e o espanhol Fernando Alonso, disseram nesta quarta-feira, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, que os bons resultados conseguidos nas duas primeiras provas da Fórmula 1 deste ano são frutos do trabalho realizado pela equipe durante o inverno europeu. "Todo mundo trabalhou arduamente em cima desse novo carro para dar o grande passo à frente em termos de desempenho", elogiou Trulli. Ele conseguiu dois quintos lugares, enquanto Alonso foi pole na Malásia, terminando em terceiro. Na primeira prova, na Austrália, chegou no sétimo lugar. Está sendo uma surpresa? Alonso acha que não. No ano passado, como piloto de teste, ele via o desempenho de Trulli pela televisão. "Não estivemos tão longe do pódio", avaliou. "Neste ano, sabíamos que seria possível dar o grande passo, pois o novo carro (R23) é definitivamente mais rápido e competitivo." Para seu companheiro, no entanto, está sendo "um pouco surpresa", se comparado com equipes consideradas maiores. "Mas merecemos todos os pontos, pois o desempenho em termos de estratégia e na própria prova foi ótimo." Mas eles concordam que o difícil será manter o mesmo desempenho durante toda a temporada. "Nós trabalhamos duro em cima disso", acentuou o piloto espanhol. Trulli é bem mais otimista. "Cada prova é uma nova prova, uma nova história, mas podemos conseguir pódios e até vitórias", disse. "Vai ser duro, mas a Renault tem potencial e voltou para fazer isso mesmo." Segundo ele, na prova de domingo, estar entre os cinco ou seis primeiros será um bom resultado. A Renault está em seu segundo ano de Fórmula 1, com equipe 100% própria. Segundo o diretor de Comunicação da Renault F1 Team, Jean François Caubet, o objetivo é reforçar a marca para aumentar o volume de vendas de pouco mais de 2 milhões de carros para 4 milhões ao ano. "Nós somos parte do projeto de divulgação do produto Renault", afirmou Trulli. "As pessoas estão gostando da nova aventura da Renault e sentimos que não estamos sozinhos na pista." Em São José dos Pinhais, eles visitaram o Complexo Ayrton Senna, onde está a fábrica da Renault no Brasil. O capacete utilizado por Trulli na última prova estará agora ao lado do de Senna, enfeitando o saguão da fábrica. Mesmo perdendo meio dia de exercícios físicos, eles cumpriram o programa, dedicando cerca de uma hora aos funcionários da fábrica e aos jornalistas. Durante a visita, foram muito aplaudidos e distribuíram autógrafos. "Somos todos Renault", afirmou Alonso. "São eles (funcionários) que nos dão respaldo, por isso esperamos um fim de semana excelente, dando um bom resultado para quem nos dá apoio", completou Trulli. Mesmo vindo raramente ao Brasil, eles elogiaram os brasileiros. "Temos a impressão de que todo mundo é feliz o tempo todo", disse o piloto italiano. "Eu só não gosto do trânsito, principalmente em São Paulo, que é muito ruim." Segundo ele, o circuito de Interlagos - "que a cada ano vem melhorando as condições" - também não tem segredo. "Nosso aporte técnico é bom e as condições são as mesmas para todo mundo", afirmou. Os dois pilotos da Renault deram duas voltas de bicicleta pela pista na terça-feira. Alonso discordou do piloto brasileiro Rubens Barrichello, para quem as instalações de Interlagos deixam a desejar e levam o Brasil a ser "mal-falado lá fora". Segundo ele, não há qualquer problema com o circuito nem com suas instalações. "Há alguns circuitos novos como o da Malásia, em que foram feitos grandes esforços. Talvez Interlagos seja mais velho, mas não há nada demais, é normal", acentuou.

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