Piloto francês morre no Paris-Dacar

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Por Agencia Estado
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O Rali Paris-Dacar fez mais uma vítima nesta terça-feira. O francês Daniel Vergnes, motorista de um carro de assistência da equipe Toyota Trophy do Rally Paris-Dakar, morreu no trecho de deslocamento entre Atar, última parada da caravana, e Tidjikja, na Mauritânia. Os outros três ocupantes do carro, Sheona Dorson-King, Christophe Van Rief e Benoit Agoyer sofreram apenas ferimentos. Até às 19h30 (horário de Brasília) a informação estava embargada. A organização da prova pediu aos jornalistas que acompanham o Rali que não divulgassem a notícia até que a família de Vergnes fosse avisada. Como o acidente aconteceu longe do acampamento montado em Tidjikja, não há detalhes mais precisos. O único dado é que o carro saiu da estrada. O anúncio do acidente foi feito pelo diretor-geral do Paris-Dacar, Hubert Auriol. Na tenda onde funciona uma espécie de "sala de imprensa", ele reuniu os jornalistas para ler um comunicado, mas não conseguiu e começou a chorar. Um tradutor que o auxiliava finalizou a informação. Brasileiros - André Azevedo, Klever Kolberg, Juca Bala e Luiz Mingione, da Equipe BR Lubrax, Armando Pires, da Drakkar Normandia, e Luiz Azevedo, da CDI Competições, superaram a "etapa do inferno" do Rali Paris-Dacar, disputada nesta terça-feira. O trecho teve 467 quilômetros e foi considerado o mais difícil da prova. Devido às dificuldades, muitos concorrentes tiveram que completar o percurso à noite e dezenas deles ficaram pelo caminho. "Não havia nenhum trecho fácil hoje. Os 59 quilômetros iniciais da etapa de ontem foram reaproveitados e a areia, que era fofa, ficou mais fofa ainda", contou Klever Kolberg. "Hoje o dia foi um inferno. Literalmente um inferno, com muitas ondulações e pedras". Mais uma vez o piloto brasileiro não teve sorte com o sistema que enche e esvazia os pneus, com acionamento de dentro do carro. "Um defeito está fazendo com que o pneu saia da roda. Em todo o Rali já parei sete vezes por causa desse problema." Luiz Mingione, com uma Honda Tornado Rally 250, levou 12 horas para completar a prova. "Cheguei a andar 60 quilômetros à noite. Não foi fácil, mas consegui chegar", afirmou. Ele está participando pela primeira vez do Paris-Dacar, com uma Honda Tornado Rally de 250 cilindradas. Juca Bala também sentiu a dureza da etapa. "As mãos chegavam a formigar", revelou. Tanto ele quanto Mingione caíram durante o percurso desta terça-feira, mas não tiveram ferimentos. André Azevedo, com um caminhão Tatra, foi o vice-campeão da etapa desta terça-feira, entre Atar e Tidjikja. "Ainda no deslocamento furou um pneu do caminhão e, por causa do incidente, largamos com 1m30 de atraso. Saí entre o Karel Loprais e o Vladimir Tchaguine, nossos principais concorrentes. O trecho foi um verdadeiro Dacar, não só pela distância como também pelo terreno ruim", disse o brasileiro. "A velocidade média era baixa e o terreno cheio de ondulações". Para percorrer os 467 quilômetros cronometrados, André levou 8h45m23s, contra 8h44m54s de Vladimir Tchaguine, o vencedor do dia entre os caminhões.

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