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Piloto russo cria fundação para ajudar atletas prejudicados pela guerra na Ucrânia

Apesar da iniciativa, Nikita Mazepin não opinou sobre conflito no leste europeu. Competidor também critica Haas por encerrar seu contrato e alfineta F-1 por proibir a Rússia em competições internacionais

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Por Redação
Atualização:

O piloto russo Nikita Mazepin se manifestou nesta quarta-feira anunciando que vai criar uma fundação para ajudar atletas que estão sendo prejudicados pela guerra na Ucrânia. Mazepin anunciou que vai utilizar os recursos de patrocínio da Uralkali no lamnçamento de uma fundação batizada de "Competimos como um só" (We Compete as One, em referência ao lema da F-1, "We race as one").

"A fundação vai alocar recursos, tanto financeiros quanto não financeiros, para ajudar atletas que passaram suas vidas se preparando para Olimpíada e Paralimpíada, ou outro tipo de evento de alto nível, mas que foram proibidos de competir e foram punidos coletivamente apenas por causa dos seus passaportes", disse.

O piloto Nikita Mazepin criticou a decisão da Haas de encerrar seu contrato e alfinetou a F-1 e a FIA. Foto: REUTERS/Maxim Shemetov

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O piloto foi questionado sobre a invasão russa na Ucrânia, mas deu respostas evasivas. "Quanto ao que está acontecendo agora, eu já explicitei minha visão de mundo e minha posição. Não haverá mais informação sobre isso", declarou, pouco depois de ler um breve comunicado sobre a guerra: "Aqueles que não vivem nesta parte do mundo, ou não nasceram aqui, vão ver apenas uma parte de tudo isso. Aqueles que estão na Rússia ou na Ucrânia vemos este conflito em muitos outros níveis. Tenho amigos e parentes que estão, por força do destino, dos dois lados deste conflito".

Mazepin também aproveitou para criticar a decisão da Haas de encerrar seu contrato e até alfinetou a Fórmula 1 e a Federação Internacional de Automobilismo. "Eu não esperava que a Haas fosse quebrar o meu contrato. Não percebi que isso aconteceria. Foi uma situação muito inesperada e dolorosa para mim", lamentou Mazepin, que disse ter sido informado da decisão por um advogado. "Acho que poderiam ter demonstrado maior apoio porque não havia nenhuma razão legal para terminar meu contrato."

Anteriormente, a FIA havia banido a Rússia das competições internacionais, mas permitiu que atletas russos seguissem participando dos eventos, mas com bandeiras neutras e sem quaisquer símbolos relacionados ao país.

A federação também impôs que todos os pilotos assinassem um documento em que se comprometessem com princípios de paz e neutralidade e de "solidariedade ao povo da Ucrânia". O pai de Mazepin tem forte ligação com o presidente russo, Vladimir Putin, mas o piloto revelou que assinaria o documento se não tivesse o contrato encerrado pela Haas antes.

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