PUBLICIDADE

Publicidade

Pilotos prometem torcida a Massa no GP Brasil, mas não ajuda

Por Camila Moreira
Atualização:

Felipe Massa já admitiu que vai precisar de muita sorte no Grande Prêmio do Brasil, no domingo, para superar Lewis Hamilton e ficar com o título da Fórmula 1, e sabe que de seus colegas não poderá esperar muito na pista, a não ser a torcida. Hamilton está sete pontos à frente de Massa na classificação geral e precisa apenas terminar em quinto para ficar com o troféu, independentemente do resultado do brasileiro na prova. Segundo Massa, a idéia é conseguir uma dobradinha da Ferrari e aí ver qual foi o resultado de seu adversário na McLaren. Depois de ceder a vitória no ano passado no Brasil para que seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen, garantisse o título, ele pode pelo menos esperar o mesmo comportamento dele no domingo. "A toda hora, em toda corrida, me perguntam se vou ajudar o Felipe. É algo que vou fazer pela equipe e não estou interessado no que vão achar. Só podemos tentar uma dobradinha, e aí depende da Ferrari. O Felipe não tem nada a perder, não depende de nós. A McLaren tem mais a perder que nós, e precisamos de um pouco de sorte", afirmou Raikkonen em entrevista na quinta-feira. Pelo menos do bicampeão mundial Fernando Alonso Massa pode esperar uma torcida incisiva. Depois de uma temporada complicada na McLaren em que se desentendeu com a equipe e ainda teve que enfrentar a ascensão de Hamilton, no ano passado, o espanhol não esconde para quem vai torcer. "O Felipe só tem que pensar em vencer a corrida, e esperar por um pequeno milagre. Não vejo nenhuma possibilidade de alguém bater no Felipe ou no Hamilton. Espero que a corrida seja bastante limpa", afirmou o piloto da Renault, completando em seguida ao ser questionado para quem torceria: "Sempre vou preferir qualquer time que não a McLaren." FAVORITO Entre os pilotos brasileiros, ninguém quer fazer apostas sobre o campeão. O único consenso é que Massa é o favorito para vencer a corrida, o que não significa ficar com o título. "Acho que qualquer coisa é possível. Felipe fez um trabalho muito bom neste ano e se eu tivesse que apostar sobre quem venceria a corrida, acho que Felipe tem mais chance de vencer. Mas Lewis também estará muito forte e basicamente terá que andar com calma durante todo o fim de semana", afirmou Nelsinho Piquet, da Renault, que preferiu não tomar partido nessa disputa. Tanto ele quanto Rubens Barrichello, da Honda, descartaram qualquer tipo de 'jogo sujo' para prejudicar as chances de Hamilton. "Acho que ele (Massa) pode me ajudar com alguma força para o meu carro. Infelizmente acho que não posso ajudá-lo muito. Imaginem se eu fizesse algo contra Lewis - será que Felipe ficaria feliz com isso? Ele seria o campeão merecido? Eu acho que não", afirmou Barrichello. O piloto da Honda, entretanto, aprova a atitude de Massa, de tentar tirar um pouco a pressão de seus ombros. "Não acho que ele tenha que pensar no campeonato, ele tem que correr como em qualquer outra prova. O Felipe está meio que tirando o peso das costas achando que é impossível e acho que é válido nessa hora não ser tão otimista", disse ele, admitindo entretanto que é difícil ver a história se repetir. "Duas vezes a Ferrari tirar sete pontos acho meio difícil." No ano passado, Raikkonen também estava sete pontos atrás de Hamilton quando a Fórmula 1 chegou à etapa final, e o finlandês da Ferrari acabou conseguindo tirar a diferença para impedir que o piloto da McLaren fosse o primeiro a conquistar o título em seu ano de estréia. A corrida de domingo marcará a 25a vez em que o título de pilotos será decidido na última prova da temporada. Em 15 delas, o piloto que liderava antes da prova foi corado campeão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.