PM tem dia traqüilo em Interlagos

Segundo o major Marcos Cabral Marinho de Moura, responsável pelo policiamento no local, a diferença de perfil entre os torcedores de automobilismo e futebol facilita o trabalho.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Se dependesse da chefia do comando de policiamento militar, bem que os tradicionais jogos de futebol no domingo à tarde poderiam ser substituídos pelo automobilismo. Embora o autódromo de Interlagos tenha recebido até o momento cerca de 65 mil pessoas, número equivalente ao de uma final de Campeonato Paulista ou Brasileiro, as ocorrências ficaram restritas a poucos desentendimentos provocados pelo abuso no consumo de bebidas alcoólicas. Até o meio-dia, ninguém havia sido detido. Segundo o comandante de operações e sub-comandante do 2º Batalhão de Policiamento de Choque, major Marcos Cabral Marinho de Moura, que neste domingo esteve à frente de um efetivo de, aproximadamente 800 homens, a pequena incidência de problemas deve-se, sobretudo, à diferença de perfil entre os torcedores de automobilismo e futebol. Os primeiros são caracterizados por um nível educacional e econômico privilegiado, enquanto os freqüentadores de estádios demonstram-se mais revoltados e com um grau de esclarecimento baixo. O resultado de tudo isso acaba facilitando o trabalho da polícia. "Pelo fato de serem mais educados, os torcedores do automobilismo são mais tranqüilos, aguardam nas filas sem tumultos e seguem nossas orientações numa boa", explicou o policial. "No futebol a coisa é mais complicada, pois uma parcela da torcida já segue para o local do jogo com a intenção de brigar e provocar confusão. Então, qualquer coisa é motivo para desordem", comparou. Agilidade - Outro detalhe que evidencia a forma mais "light" como a polícia trabalha durante do GP do Brasil é a revista realizada na entrada de Interlagos. "Aqui esse procedimento é feito de uma maneira mais superficial, pois não temos que nos preocupar com bombas caseiras, pedras e mastros. Basta um detector de metais e tudo transcorre facilmente. Em estádios seria impossível fazer isso atualmente", observou o sub-comandante. "Por isso a entrada das pessoas é mais rápida no autódromo."

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