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Pneus serão determinantes na Malásia

Pilotos e técnicos destacam o peso que terá a estratégia do uso dos Bridgestone, da Ferrari, e Michelin, da McLaren e Williams, no GP da Malásia.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Tudo o que se esperava acontecer de diferente na sessão de classificação para o grid da prova de Melbourne, dia 8, acabou se transferindo para o mesmo treino do GP da Malásia, que será disputado nesta madrugada de sexta-feira, das 3 às 4 horas, horário de Brasília. Com a mudança nos regulamentos esportivo e técnico, a maioria projetou já para a Austrália que o grid teria resultado surpreendente. Mas como tratava-se da estréia das novas regras, todos foram conservadores na estratégia e ao menos entre os primeiros nada mudou. Nesta sexta-feira pode ser diferente dizem os próprios profissionais da Fórmula 1, como Ross Brawn, diretor-técnico da Ferrari. "Aqui os pneus serão determinantes. Penso que haverá quem vai optar pelo uso dos macios, para ir bem na classificação, e depois antecipar o primeiro pit stop na corrida." O diretor-técnico da Renault, Mike Gascoyne, pensa que essa estratégia pode mesmo dar certo, pelas características da prova no circuito de Sepang, realizada sob calor próximo do limite da tolerância humana. Os treinos livres desta quinta-feira de manhã e a primeira sessão classificatória, disputados nesta madrugada de sexta-feira, darão várias referências a esses técnicos do que os pneus Bridgestone, da Ferrari, e Michelin, McLaren e Williams, poderão oferecer a seus times. "Eles irão definir o vencedor aqui", afirma Brown. As equipes terão também de confiar em seus serviços de meteorologia. A previsão do tempo na Malásia fala em possibilidades de chuva para o fim de semana. De fato, todos os dias têm caído à tarde fortes pancadas entre Kuala Lumpur, capitão do país, e Sepang, distante 80 quilômetro para o Sul. Vale lembrar que as equipes não mais podem alterar seus carros entre a sessão de classificação e a corrida, domingo. De repente uma regulagem que favoreça um piloto sábado pode atrapalhar seu desempenho no dia seguinte, e ao contrário também. Esses detalhes todos serão rediscutidos dia 9, em Londres, logo depois do GP do Brasil, para se estudar alguns ajustes que poderão vir a ser feitos nos regulamentos esportivo e técnico já para a etapa seguinte, o GP de San Marino, dia 20, em Ímola. Quem informou sobre o encontro foi o inglês Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), nesta quinta-feira, por escrito. Mosley distribuiu comunicado porque, mais uma vez, não irá para a Malásia. "Eu tiraria a atenção daquilo que realmente interessa, que é a corrida, explicou o inglês. É a segunda vez que ele cancela uma entrevista coletiva com a imprensa em seguida à promulgação do seu pacote para a Fórmula 1. Fujão - Depois de se ausentar da abertura da temporada, cujo mentor do regulamento foi ele próprio, em Melbourne, o presidente da FIA decepcionou os que acreditavam nele, ao evitar novo encontro com pilotos, equipes e imprensa. O de Sepang seria o primeiro, em clima de grande prêmio, que o dirigente poderia ser sabatinado sobre as mudanças introduzidas por ele. Mas Mosley avisou nesta quinta-feira aos jornalistas de que não irá para Kuala Lumpur, sem dar detalhes. Conhecia-se já o elevado grau de intelecto do presidente da FIA, físico e advogado, filho do fundador do partido fascista inglês, e de mãe escritora. Sabia-se também do seu lado empresarial, já que foi fundador de uma das maiores fábricas de carro de corrida que existiu, a March. Já a covardia é uma novidade. A imprensa italiana deu grande destaque, nesta quinta-feira, ao balanço da empresa Ferrari sp, dona das fábricas de carros de série Ferrari e Maserati e da equipe de Fórmula 1. O que mais chama a atenção, além do crescimento de 14% no faturamento, em relação ao ano anterior, e de 22 % nas vendas, é o quanto Luca di Montezemolo, o presidente, e Jean Todt, diretor-esportivo da equipe de F-1, receberam entre salário e bônus pela conquista dos títulos de pilotos e construtores em 2002. Montezemolo recebeu nada menos de 18,2 milhões de euros, ou US$ 20 milhões, e Todt, 3 milhões de euros, ou US$ 2,7 milhões. Até os jornais Gazzetta dello Sport e Corriere de la Sera, do mesmo grupo a quem pertence a Ferrari, Fiat, destacaram o salário milionários dos dois competentes dirigentes.

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