O Governo português lamentou nesta sexta-feira a anulação do Rally Dacar 2008, mas respeita a decisão porque "a segurança deve ser prioridade", afirmou o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira. Veja também: Rally Dakar 2008 é cancelado por causa do terrorismo Comunicado dos organizadores na íntegra Eldorado FM: Jean Azevedo fala do cancelamento Dakar nunca havia sido cancelado - retrospectiva de atentados Correspondente fala direto de Portugal sobre cancelamento - com áudio Volkswagen aceita cancelamento, mas se diz desapontada - comunicado oficial da montadora Jean Azevedo diz estar frustrado e aliviado Análise: Esporte perde e terrorismo ganha força com cancelamento do Dakar "Depois do anúncio do Governo francês, pesava uma grande responsabilidade sobre a organização, que mostrou que é muito escrupulosa com as questões de segurança", acrescentou. O ministro revelou que o Executivo português "realizou algumas diligências" com o Governo francês, e este defendeu razões de Estado para lançar o alerta. Silva Pereira argumentou que o rali "é uma aventura, e não uma prova que se encontra isenta de riscos, e o Governo francês fez uma advertência que não tinha realizado em anos anteriores com base em informações de que dispõem". Já o prefeito de Lisboa, Antonio Costa, reconheceu que estava "desiludido" porque a prova foi cancelada, mas acrescentou que, "apesar da triste notícia, a organização portuguesa e a capital demonstraram que têm capacidade para realizar este tipo de prova". Segundo Costa, no futuro deve haver outra prova e, "com certeza, o rali sairá de Lisboa".