Projeto prevê Área de Proteção Ambiental na região do novo autódromo do Rio

Floresta possui aproximadamente 200 hectares, dos quais 114 são cobertos por áreas naturais e regeneradas

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan e Roberta Jansen
Atualização:

Tramita na Câmara Municipal do Rio de Janeiro há dois anos projeto para transformar o local onde o Consórcio Rio Motorsport pretende construir o autódromo em uma Área de Proteção Ambiental (APA). O mesmo projeto deve ganhar a Assembleia Legislativa fluminense (Alerj).

A Alerj montou uma Comissão de Representação para acompanhar a implantação do autódromo de Deodoro, enquanto que, na Câmara Municipal, uma Comissão Especial foi criada para acompanhar as obras. Nos próximos dias será agendada uma reunião com a subsecretária executiva da Secretaria Municipal de Fazenda, Rosemary de Azevedo Carvalho Teixeira de Macedo, para detalhar o projeto no local.

Floresta de Camboatá ficaem Deodoro, zona oeste do Rio Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

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Os deputados do Rio pretendem fazer uma visita técnica ao terreno onde será implementado o novo autódromo e também solicitar ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) cópias do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIA).

Desde 2017 tramita no legislativo carioca projeto de lei para transformar a Floresta de Camboatá, em Deodoro, em uma área de proteção, o que na prática inviabilizaria a construção do autódromo da F-1. O projeto foi aprovado em primeira discussão, mas recebeu uma emenda e aguarda pareceres para ser votado novamente.

A floresta possui aproximadamente 200 hectares, dos quais 114 são cobertos por áreas naturais e regeneradas, representativa das Florestas Ombrófilas de Terras Baixas. Este tipo de vegetação é uma das mais ameaçadas dentre as formações florestais que compõem a Mata Atlântica. O bioma abriga o último remanescente carioca deste tipo de vegetação.

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