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Ralf Schumacher vence na Alemanha

Por Agencia Estado
Atualização:

No resultado mais anunciado da temporada, Ralf Schumacher, com uma Williams-BMW "imbatível", segundo seus próprios adversários, venceu fácil hoje o acidentado GP da Alemanha, na última edição da prova no atual veloz traçado de Hockenheim. Mas quem saiu ganhando mesmo, apesar de sequer ter concluído a prova, foi seu irmão, Michael Schumacher, da Ferrari. Dependendo do que fizer David Coulthard, da McLaren, em Budapeste, dia 19, basta ao alemão um quarto lugar para ser campeão do mundo. A McLaren-Mercedes deu novo vexame. Rubens Barrichello, da Ferrari, disputou outra corrida de ataque e fez excelente segundo lugar. Jacques Villeneuve, BAR, completou o pódio. Não fosse a quebra do motor do carro de Juan Pablo Montoya, na 24ª volta de um total de 45, seria muito provável que a Williams-BMW estabelecesse sua primeira dobradinha da história. A corrida teve duas largadas em razão de um pavoroso acidente envolvendo Luciano Burti, da Prost, e Michael Schumacher, poucos metros depois de iniciar a prova. "Tive problemas com a seleção de marchas e perdi completamente a aceleração", explicou Michael. Já Ralf contou que o fato de ser alemão e vencer o GP da Alemanha com um motor alemão representa muito para ele. "Não sou uma pessoa que exterioriza o que sinto, mas estou muito feliz mesmo." Foi sua terceira vitória do campeonato (venceu também em Ímola e no Canadá) e agora ameaça, junto com Rubinho, o título de vice que parecia ser de David Coulthard. "Quando vi que não conseguia acompanhar o ritmo de meu companheiro (Montoya), decidi poupar o motor e os pneus porque sabia que no fim seria cobrado", disse Ralf. O irmão de Michael foi surpreendente: "Devo admitir que ele estava mais rápido do que eu." Até o seu pit stop, na 21ª volta, Montoya abriu 9 segundos de Ralf. "Não dá para descrever a decepção que estou sentindo. Tenho certeza de que venceria aqui pela primeira vez na Fórmula 1", afirmou o colombiano. Ele nem mesmo esperou o fim da corrida para ir embora do autódromo. Montoya foi ainda prejudicado por um problema no sistema de reabastecimento, ao perder 29 segundos parado no box. "O programa de computador que gerencia o volume de entrada de gasolina não funcionou direito", explicou um técnico. A Jaguar e a Ferrari, no carro de Rubens Barrichello, no seu segundo pit stop (volta 32), quando perdeu 19 segundos, tiveram o mesmo problema com o equipamento da Intertech. Michael Schumacher deixou a competição na 23ª volta por perda de pressão no sistema de alimentação de gasolina. Ele era o segundo colocado. Mas seu sorriso, apenas quatro voltas mais tarde, exposto nas TVs do mundo todo, tinha uma razão: David Coulthard abandonara a corrida. Michael ficou no meio do circuito, atrás da grade, ouvindo a narração da corrida num rádio emprestado por um comissário de um posto próximo. "Ainda não sou campeão", falou, sequer admitindo a possibilidade de qualquer comemoração antecipada. Na realidade, já em Budapeste ele deve definir a conquista, tal a sua vantagem nas contas. O francês Jean Alesi, da Prost, marcou ponto pela terceira vez este ano, dando ao time de Alain Prost a nona colocação entre os construtores, com 4 pontos. Sua participação nos direitos de TV será significativa em 2002. Mas pode ter sido a última corrida do combativo Alesi na equipe. O piloto está sem receber, por causa dos problemas financeiros da escuderia, e Eddie Jordan o quer para o lugar de Heinz-Harald Frentzen, na Jordan, nas cinco etapas finais do campeonato. A surpreendente Benetton, com Giancarlo Fisichella, em quarto, e Jenson Button, quinto, fechou os seis que marcaram pontos em Hockenheim. Os pneus Michelin foram muito superiores aos da Bridgestone no GP da Alemanha, disputado sob intenso calor. Veja a seguir como terminou o GP da Alemanha 1. Ralf Schumacher (Alemanha), Williams 2. Rubens Barrichello (Brasil), Ferrari 3. Jacques Villeneuve (Canadá), BAR 4. Giancarlo Fisichella (Itália), Benetton 5. Jenson Button (Inglaterra), Benetton 6. Jean Alesi (França), Prost 7. Olivier Panis (França), BAR 8. Enrique Bernoldi (Brasil), Arrows 9. Jos Verstappen (Holanda), Arrows 10. Fernando Alonso (Espanha), Minardi

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